domingo, 11 de maio de 2008

Franceses teriam pago propina de US$ 6,8 mi por contrato do Metrô

Alstom, gigante francesa de engenharia, é investigada por corrupção em vários países, diz jornal dos EUA. Suborno em São Paulo teria garantido contrato de US$ 45 mi; Metrô averigua negócios de 1995 a 2003.
07/05/2008@01:22:48 GMT-3
A Alstom, uma das maiores empresas francesas, está sendo investigada na Suíça e na França por pagar propina no Brasil para garantir contratos em obras como a expansão do metrô de São Paulo e usinas de energia no país, segundo o The Wall Street Journal.
Somente em um contrato com o Metrô, a propina teria sido de US$ 6,8 milhões. As investigações, que incluem corrupção e lavagem de dinheiro, envolvem obras em várias partes do mundo. De acordo com a apuração, que surgiu de um relatório de uma consultoria, pessoas ligadas à Alstom teriam separado milhões de euros para usar como propina.
Segundo o jornal, a investigação no Brasil aponta que a empresa teria pago propina para fechar, por exemplo, um contrato de R$ 45 milhões com o metrô de São Paulo.
As autoridades apuram também o pagamento de comissões de 15% para ganhar um contrato com a usina hidrelétrica de Itá, entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A obra está orçada em US$ 1,4 bilhão.
Nos últimos meses, investigadores suíços tiveram contatos com procuradores brasileiros para tentar reconstituir o percurso do dinheiro. Um brasileiro estaria na lista de 24 suspeitos, mas, por enquanto, as autoridades se recusam a informar os nomes dos investigados.
Gigante nas áreas de infra-estrutura de geração de energia e transporte metro-ferroviário, a Alstom faz parte dos consórcios responsáveis pelas linhas 4 e 5 do metrô e já forneceu mais de 600 vagões para a companhia. Também fornece vagões para a CPTM.l
Contratos serão averiguados, diz companhia
O Metrô divulgou nota ontem afirmando que tomou conhecimento do caso pela imprensa e que vai averiguar os contratos firmados com a empresa francesa entre 1995 e 2003. A companhia afirmou que, tão logo tenha informações relevantes, elas serão divulgadas.
O grupo Alstom informou à agência Reuters que a reportagem sobre a suposta investigação é pura especulação, mas admitiu que alguns de seus funcionários foram interrogados como testemunhas. “O artigo está baseado apenas em hipóteses”, disse um porta-voz.
http://www.destakjornal.com.br/noticia.asp?ref=24514

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