26 de maio de 2008
61º FESTIVAL DE CANNES
Ela compara prêmio por atuação em "Linha de Passe" com medalha de ouro em Olimpíada
Júri do festival dá Palma de Ouro ao francês "Entre les Murs", dirigido por Laurent Cantet
O 61º Festival de Cannes terminou ontem com o prêmio de melhor atriz para a brasileira Sandra Corveloni, protagonista do longa "Linha de Passe", de Walter Salles e Daniela Thomas. A Palma de Ouro ficou com o filme francês "Entre les Murs" (entre os muros), de Laurent Cantet.
"Estou me sentindo como uma atleta que ganhou medalha de ouro na Olimpíada. É um prêmio para todo mundo, porque brasileiro batalha tanto para conseguir as coisas", disse a atriz à Folha por telefone, de sua casa, em São Paulo.
Sandra, cujo currículo cinematográfico até então se resumia a dois curtas ("Flores Ímpares" e "Amor"), afirmou que suas atenções se voltam agora para o lançamento de "Linha de Passe", previsto para o segundo semestre deste ano: "Quero cuidar da divulgação do filme, para que tenha uma carreira linda. Vou continuar trabalhando no teatro [é atriz e diretora do grupo Tapa], como sempre trabalhei. Não sei o que vai acontecer. Quero viver este momento", diz ela, 22 anos depois de Fernanda Torres ganhar o prêmio de atriz em Cannes por "Eu Sei que Vou te Amar", de Arnaldo Jabor.
Sandra concorreu em Cannes com atrizes como as norte-americanas Angelina Jolie ("Changeling", de Clint Eastwood), Julianne Moore ("Ensaio sobre a Cegueira", de Fernando Meirelles, não lembrado pelo júri), e a francesa Catherine Deneuve ("Un Conte de Noël", de Arnaud Desplechin). A Folha apurou que, entre os nove membros do júri, oito votaram na brasileira para o prêmio. O presidente do júri, o ator e diretor norte-americano Sean Penn, declarou que foram decididos por unanimidade a Palma de Ouro e o prêmio de ator, para o norte-americano de origem porto-riquenha Benicio Del Toro, pelo papel de Ernesto Che Guevara em "Che", de Steven Soderbergh. O diretor mexicano Alfonso Cuarón, integrante do júri, disse que "Che" e "Linha de Passe" são "filmes relevantes hoje" e que o júri reconheceu "o poder de interpretação desses personagens [Che e Cleuza], que levam os filmes adiante".
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq2605200807.htm
sábado, 31 de maio de 2008
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