quinta-feira, 1 de maio de 2008

Associação Crianças de Belém precisa de ajuda para enfrentar o frio

[ 01/05 ]
O uniforme dos pequenos está na lista dos itens a serem providenciados
O frio chegou e, com ele, a necessidade de reforçar ou até renovar o guarda-roupa. Diante desta situação, a Associação Crianças de Belém (ACB), que assiste 110 crianças e adolescentes que, de alguma forma, são vítimas do HIV (vírus da Aids), precisa de ajuda. Entre os benefícios recebidos da entidade, os assistidos freqüentam o Colégio Aliança, que faz parte da associação e o uniforme dos pequenos está na lista dos itens a serem providenciados. A gerente administrativa da entidade, Márcia Aparecida Alves Peres, informa que a campanha do agasalho é feita por meio do telemarketing da entidade. Entrando o inverno a maior dificuldade é comprar o uniforme do colégio para as crianças, explica.
Além do uniforme de inverno, os atendidos, que têm entre zero e 18 anos, também precisam de calçados, outras roupas, brinquedos, alimentação e leite. Márcia explica que os gastos mensais da entidade ultrapassam os R$ 20 mil e o repasse do poder público não chega a R$ 16 mil. Além de não suprir todas as necessidades da entidade, muito desse valor tem destino certo para o gasto. Não tem na lista de gastos, por exemplo, material de higiene pessoal. Então, sempre que alguém pergunta o que estamos precisando, em primeiro lugar são esses materiais. Leite, papel higiênico e material descartável como copos e pratos, também estão sempre em falta, afirmou.
Algumas das crianças e adolescentes atendidos pela entidade são soropositivos e outras perderam seus pais, grande parte das vezes vítimas da Aids. Quando acontecia o óbito dos pais a criança não tinha para onde ir, lembra Márcia e, por isso, foi feita a unificação da Associação Crianças de Belém com a Associação Refúgio, que mantém lares para crianças vítimas de violência doméstica e são afastadas do convívio familiar. Das 110 crianças atendidas pela entidade, cerca de 60 estão em situação de abrigo.
No colégio, todos juntos
Na mesma mesa de aprendizado juntam-se filhos da classe média e crianças soropositivos ou filhos de portadores do HIV. Todos uniformizados, sorridentes e felizes. É assim o clima no Colégio Aliança que oferece desde a Educação Infantil até o Ensino Fundamental. A escola foi fundada em 1994 e 60% das vagas são destinadas às crianças da ACB, que é também a mantenedora do colégio. Os outros 40% são para alunos particulares mas não há distinção alguma, explica a diretora da escola, Rhod de Lima Más. A convivência entre todos os alunos é tranqüila e, como fala a diretora, a experiência de conhecer realidades diferentes é benéfica para todos. Os que ainda têm pai e mãe tomam cuidado no trato com os outros e estes, de maneira alguma, se sentem inferiores, fala. Atualmente, o colégio é mantido pela Associação mas, a longo prazo, segundo a diretora, o objetivo é que cada dois alunos pagantes consigam manter um aluno do projeto. Os interessados em ajudar a associação podem ligar para 3219-2269.
http://www.cruzeirodosul.inf.br/materia.phl?editoria=17&id=83227

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