Mianmar X Chile
Ong diz que mais de 50 mil podem ter morrido em Mianmar
Save the Children alerta que há mais de 2 milhões de desabrigados pela passagem do ciclone Nagris no sábado
terça-feira, 6 de maio de 2008, 14:28
LONDRES - A organização Save the Children advertiu nesta terça-feira, 6, que podem chegar a 50 mil as vítimas do ciclone Nargis em Mianmar e a dois milhões os desabrigados. O grupo humanitário realizou a estimativa baseado nas tarefas realizadas nas áreas atingidas pelo ciclone e informou que a situação se deteriora de forma alarmante, com milhares de pessoas sem água potável, alimentos e assistência.
Ciclone pode ter matado mais de 22 mil em Mianmar
Bush pede que Mianmar receba equipes de emergência dos EUA
A Save the Children realiza atividades e três regiões de Rangun, onde estima que mais de 50 mil pessoas estejam em monastérios, escolas e igrejas. A organização distribui alimentos, cabanas e equipamentos para tornar a água potável para 20 mil mulheres e crianças, nas primeiras atividades de assistência.
O governo de Mianmar divulgou nesta terça-feira que mais de 22 mil pessoas morreram em decorrência do ciclone tropical Nargis que devastou o país no sábado. De acordo com a televisão estatal, outras 41 mil ainda estão desaparecidas. Segundo a BBC, o anúncio foi feito horas depois que a junta militar que governa o país aceitou que agências de ajuda internacional fossem enviadas às áreas mais afetadas pelo ciclone.
O ministro para Alívio e Reassentamento, Maung Maung Swe, disse a repórteres em Rangun que a maior parte das mortes não foi causada pela passagem do ciclone, mas por uma onda uma gigante. "A onda tinha 3,5 metros de altura, que varreu e inundou metade das casas dos vilarejos que ficam a nível do mar. Eles não tiveram para onde fugir", disse ele. Maung Swe acrescentou que 95% das casas localizadas na cidade de Bogalay, no delta Irrawaddy, foram completamente destruídas.
Segundo o representante da ONU para resposta a desastres, Richard Horsey, centenas de milhares de pessoas precisam de abrigo e água potável. Horsey acrescentou, no entanto, que é impossível dizer exatamente quantas pessoas foram afetadas por causa dos estragos nas estradas e na rede telefônica. A ONU e agências de ajuda humanitária enviaram equipes de avaliação para as áreas mais atingidas.
(Com Ansa e BBC Brasil)
http://www.estadao.com.br/internacional/not_int168179,0.htm
Vulcão chileno expele lava; autoridades esvaziam região
Chaitén intensifica atividade e área está em alerta máximo; Buenos Aires deve ser tomada por cinzas
terça-feira, 6 de maio de 2008, 10:38S
ANTIAGO - O vulcão Chaitén, em erupção há cinco dias, aumentou sua atividade na manhã desta terça-feira e passou a expelir lava e uma coluna de cinzas que já alcança 20 quilômetros de altitude. Autoridades chilenas ordenaram a retirada de todos os habitantes da região.
A presidente do Chile, Michelle Bachelet, de volta a Santiago depois de visitar a área do vulcão, informou que a retirada dos moradores do entorno foi ordenada porque a lava poderia chegar em apenas 20 minutos ao povoado de Chaitén, a apenas 10 quilômetros da cratera.
O governador da província de Palena, Fernando Aguila, informou ter ordenado a retirada de cerca de 280 pessoas depois de cerca de 4 mil habitantes terem deixado voluntariamente o povoado. Chaitén é a capital de Palena, uma província no esparsamente povoado sul do Chile.
"Todos temos que sair do povoado de Chaitén imediatamente", disse um jornalista da rede estatal TVN, em meio ao som de sirenas que indicavam o traslado urgente em balsas, o único meio na região cercada por fiordes e golfos.
Argentina
As cinzas liberadas pelo vulcão Chaitén podem chegar nesta terça até a província de Buenos Aires, na Argentina, a mais populosa do país, por causa dos ventos. Além disso, pelo segundo dia consecutivo, o fenômeno obrigou escolas a suspenderem as aulas em várias localidades da Patagônia argentina, cujas ruas voltaram a amanhecer como se uma nevasca tivesse caído.
Até agora as cinzas do Chaitén só caíram sobre a província argentina de Chubut, mas o Serviço Meteorológico Nacional previu que elas podem atingir a região vizinha de Río Negro e o sul de Buenos Aires por causa de uma mudança na direção dos ventos. Os locais mais afetados pela queda de cinzas são Trelew, Esquel e Corcovado, que juntas têm população de 70 mil habitantes no oeste da província de Chubut, cerca de 1.900 quilômetros ao sul da capital argentina.
O fenômeno também foi percebido por moradores da cidade de Puerto Madryn, no litoral do Atlântico. As autoridades explicaram que as cinzas causam problemas nas vias respiratórias e na vista, e por isto distribuíram máscaras e jogam água nas ruas das cidades atingidas para que as cinzas se assentem.
Apesar de a água contaminada pelas cinzas não ser tóxica, o governo de Chubut também organizou um sistema de distribuição de água potável para as famílias que vivem nas regiões limítrofes com os povoados, inclusive na fronteira com a cidade chilena de Futaleufú.
http://www.estadao.com.br/internacional/not_int168072,0.htm
terça-feira, 6 de maio de 2008
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