domingo, 8 de junho de 2008

Extinção de imposto indireto tiraria mais de 6 milhões da pobreza

IPEA propõe acabar com a Cofins, que taxa produtos, e aumentar Imposto de Renda dos mais ricos para reduzir desigualdades
06/06/2008
Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) defende o fim da cobrança do PIS/Cofins para retirar da pobreza 6,4 milhões de brasileiros, o equivalente à população do Rio.
A idéia, explicou ontem no Senado, Marcio Pochmann, presidente do órgão, seria reduzir a carga de impostos indiretos, que incidem sobre os preços dos produtos e serviços, como a Cofins, e elevar os diretos, como o Imposto de Renda. Com isso, a arrecadação tributária seria mantida, mas os mais pobres teriam um incremento de 9,25% na renda.

12 faixas de IR
Para que os mais pobres paguem proporcionalmente menos que os mais ricos, o Ipea sugere o aumento de alíquotas do IR – das duas atuais (15% e 27,5%) para 12, entre 5% e 60%. A taxa menor incidiria sobre os quem ganham entre R$ 1.257 e R$ 2 mil, a intermédia, de 27,5%, entre R$ 6,5 mil e R$ 8 mil, e a última, atingiria quem ganha acima de R$ 50 mil. Além disso, seria criado um imposto de 1% sobre grandes fortunas.

Efeitos
A parcela da população que vive com meio salário mínimo (R$ 207,5) por mês cairia de 32,5% para 29% do total. A medida melhoraria o coeficiente de Gini, que mede a desigualdade de renda: passaria de 0,559 para 0,537. O índice varia entre zero e 1. Quanto mais perto de zero, mais igual é a distribuição de renda. l
http://www.destakjornal.com.br/noticia.asp?ref=26172&pos=33

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