FGV mostra que número de brasileiros com renda de R$ 1.064 a R$ 4.591 cresceu 17% em 6 anos. Outro estudo diz que 1% das famílias ganha mais de R$ 16,6 mil; 51% dos ricos estão em SP.
Última atualização 06/08/2008@01:24:58 GMT-3
A classe média já é mais da metade da População em Idade Ativa (PIA) nas seis principais regiões metropolitanas do Brasil. Levantamento feito pela Fundação Getulio Vargas (FGV) mostra que a chamada classe C representa hoje 51,89% da PIA, ante 44,19% em 2002; uma alta de 17,42%.
Esse estrato da população tem renda domiciliar entre R$ 1.064 a R$ 4.591 ao mês.O estudo se baseia na Pesquisa Mensal de Emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e considera só a renda do trabalho na iniciativa privada, com carteira assinada. Não são levados em conta ganhos de programas sociais do governo (como o Bolsa Família).
A principal responsável pelo crescimento é a expansão do emprego com carteira assinada. De junho de 2001 a junho de 2002 foram criadas 564 mil vagas formais no país. Nos 12 meses anteriores a junho de 2008 foram abertos 1,881 milhão de postos.
“A classe média, que esteve estagnada por 20 anos, vive um grande momento”, afirmou Marcelo Neri, coordenador da pesquisa. Entre 2002 e 2008, segundo a pesquisa, a chance de alguém ascender à classe C aumentou 14,76%.
Miseráveis
Outro bom indicador vem das famílias de classe E, denominadas miseráveis (com renda domiciliar entre zero e R$ 768 por mês). Mais de 35,78% delas deixaram esse segmento. Em 2002 elas eram 28,64% da PIA e agora representam 18,39%.
O aumento de participação da elite (classes A e B) na PIA também foi expressivo: de 12,99% para 15,52%.l
Só 1% das famílias ganha acima de R$ 16,6 mil
Apesar da melhora na renda dos brasileiros, apenas 1% das famílias tem renda superior a 40 salários mínimos, ou R$ 16,6 mil. Em 2003, esse porcentual era de 0,8%. Os números estão em um levantamento do Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas Avançadas), divulgado ontem.
O estudo também mostra que o número de pobres, com renda igual ou abaixo de meio salário mínimo, caiu de 35% para 24,1% da população, entre 2003 e 2008.
O levantamento do Ipea é baseado em dados do IBGE, foi feito nas seis maiores regiões metropolitanas do Brasil e considera a renda vinda de programas sociais (como o Bolsa Família), além da proveniente do trabalho.
O coordenador do estudo, Márcio Pochmann atribui parte da desigualdade na renda ao repasse parcial dos ganhos das empresas para o assalariado. O ganho da indústria nacional subiu 22,6% de 2001 a 2008, mas no período a folha de pagamento do setor cresceu só 10,5%.
http://www.destakjornal.com.br/noticia.asp?ref=29665
sábado, 9 de agosto de 2008
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