quinta-feira, 24 de abril de 2008

Cepal revê para 4,8% a previsão de crescimento do Brasil em 2008

22/04/2008 22:07
Comida vai levar 10 milhões de latino-americanos para a indigência
A Comissão Econômica Para a América Latina e o Caribe (Cepal), reajustou de 5,4% para 4,8%, sua previsão de crescimento para o Brasil em 2008, por causa da crise dos Estados Unidos. A projeção de crescimento das economias latino-americanas "foi ajustada um ponto abaixo por causa do impacto da crise externa", declarou em entrevista coletiva o secretário-executivo do organismo, José Luis Machinea. "Os EUA estão entrando em uma recessão e há dúvidas sobre a validade e o tempo da política monetária do Federal Reserve", afirmou o economista argentino, acrescentando que a maioria dos países da região "terá um crescimento de seu PIB inferior ao esperado". Machinea disse, no entanto, que a recessão nos EUA será "suave" e, dessa forma, o impacto na América Latina "não será tão grande". Também afirmou que a economia do Brasil crescerá 4,8% ao invés de 5,4% que havia sido previsto, informa A Tarde. A baixa do crescimento afetará especialmente os países mais pobres, pelo aumento no preço dos alimentos, aos países exportadores de manufaturas aos EUA e a países desenvolvidos, segundo Machinea. A economia mexicana será a mais afetada pela recessão americana: as exportações de produtos manufaturados para os Estados Unidos representam 73% do comércio internacional do país. Esse fator também afetará outros estados da região, como República Dominicana, Costa Rica e Guatemala, que dependem fortemente dos envios para os EUA. Além disso, esses países possuem um grande número de imigrantes trabalhando nos Estados Unidos, e a maioria envia regularmente dinheiro para suas famílias. A crise afetará esses imigrantes e as remessas para casa diminuirão, afetado diretamente a economia. Segundo a Cepal, a comida mais cara empurrará 10 milhões de latino-americanos para a indigência, diz a France Presse.
http://revistadasemana.abril.com.br/conteudo/economia/conteudo_economia_276499.shtml

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