domingo, 21 de setembro de 2008

Lei seca reduziu homicídios na capital, diz estudo da USP

Além de diminuir acidentes, nova legislação provocou queda no número de homicídios
16/09/2008
A lei seca, criada para conter o número de acidentes de trânsito provocados por embriaguez ao volante, já trouxe outro benefício para a cidade: a redução da taxa de assassinatos.
É o que aponta um levantamento feito pelo Departamento de Medicina Legal da Universidade de São Paulo. Na comparação entre julho de 2008, primeiro mês de vigência da legislação, e julho de 2007, houve uma queda de 29,4% no total de casos de homicídio na capital. Foram cerca de 25 mortes a menos.
Além disso, caiu a quantidade de mortos em acidentes automobilísticos por conta do consumo de álcool. Elas passaram de 55 para 35, uma variação de 36,3%.

Queda nos homicídios
Como nem sempre é possível fazer a medição da taxa alcoólica no sangue dos assassinos, o Instituto de Criminalística, que forneceu dados para a análise, mede a concentração de álcool nos corpos das vítimas. Estatisticamente é possível inferir que, quando alguém é assassinado embriagado, seu agressor também estava alcoolizado.
Para um dos coordenadores do estudo, o pesquisador Gabriel Andreuccetti, o fato de as pessoas deixarem de sair para beber ajuda a explicar a diminuição de homicídios. “Como há menos pessoas ingerindo álcool, a quantidade de vítimas de homicídio tende a diminuir.”

Ministro agora quer teste para detectar droga ao volante
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou ontem em São Paulo que solicitou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) um estudo para verificar a possibilidade de se criar um meio de detectar o consumo de drogas psicoativas por motoristas, como já ocorre com as bebidas alcoólicas.
Também existe a intenção de criar uma regulamentação para coibir o consumo dessas substâncias durante a condução de automóveis. “Pode haver casos em que a pessoa associe bebida alcoólica e algum tipo de droga”, disse o ministro.
De acordo com ele, a Anvisa deve apresentar um estudo de como aperfeiçoar alguma norma legal já existente em torno do assunto ou propor iniciativas inovadoras para lidar com o problema.
Temporão destacou ainda os aspectos positivos da lei seca. Para ele, as novas regras devem trazer “mudanças nos hábitos” e criar “uma nova consciência”.
http://www.destakjornal.com.br/noticia.asp?ref=32018

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