domingo, 7 de junho de 2009

Pela 1ª vez, torcedores violentos são presos como quadrilha

Publicado em 05/06/2009 - 3 comentários
A CAMINHO DO PACAEMBU

Pela 1ª vez, torcedores são indiciados por briga
 
Confronto entre vascaínos e corintianos acaba com um jovem morto e oito feridos na Marginal Tietê; polícia autua pelo menos 12 pessoas

Ao menos 11 torcedores corintianos estão presos e um menor foi encaminhado à Justiça por envolvimento em uma briga com vascaínos que deixou um morto e oito feridos anteontem na Marginal Tietê, na altura da ponte das Bandeiras. É a primeira vez no país que torcedores são autuados em flagrante e permanecerão presos após um confronto. 

Ao todo, 32 pessoas foram levadas para a delegacia. Até as 19h de ontem, 12 foram autuados por rixa qualificada (seis meses a dois anos de reclusão), formação de quadrilha (um a dois anos) e danos materiais (seis meses a três anos). "Essas prisões são um avanço, porque a sociedade não aguenta mais atos de violência cometidos por torcidas de futebol", disse a delegada Margarette Barreto, da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância. 

O promotor Paulo Castilho, responsável por conter a violência de torcedores, defendeu que jogos com alto risco de confronto tenham torcida única nos estádios. Ele afirmou que a medida é radical, mas necessária. 

Emboscada 

A polícia investiga se vascaínos, que viajavam em comboio de 15 ônibus e eram escoltados por 20 batedores da PM, foram vítimas de emboscada. Um ônibus e cinco carros com corintianos de uma dissidência da Gaviões da Fiel estariam esperando os rivais. 

Na briga, o corintiano Clayton de Souza morreu com pancadas na cabeça. O corpo dele foi encontrado seminu. A polícia apreendeu dezenas de barras de ferro com os torcedores.l

Violência dentro e fora de estádio pode virar crime

Tramita em regime de urgência no Senado um projeto de lei que criminaliza e pune a violência fora e dentro dos estádios. Brigas e vandalismo em um raio de até 5 mil metros dos locais de competição poderão ser punidos com até dois anos de prisão. 

Também será crime incitar a violência, portar armas de briga e invadir o campo. A previsão é de que a proposta seja votada em julho e siga para sanção presidencial.

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