domingo, 21 de junho de 2009

Mais parceiros sexuais, menor uso de preservativo

Quinta-feira, 18 de Junho 2009, 16h32

Pesquisa do Ministério da Saúde conduzida em 2008 traça retrato do comportamento sexual do brasileiro, que tem mais parceiros mas usa menos a camisinha. Veja os números


Homem trai mais e mulher se protege menos, diz pesquisa
Publicado em 19/06/2009
Levantamento do Ministério da Saúde mostra que dobrou o percentual de brasileiros com muitos parceiros casuais
10% Acharam par na internet

Pesquisa do Ministério da Saúde divulgada ontem revela que 16% dos brasileiros admitem que traem. Os homens são maioria: 21%, ante 11% das mulheres que confessam ter feito sexo casual mesmo vivendo com um companheiro fixo.

A proteção no sexo fora da união estável é baixa: 63% não usaram preservativo na traição. Entre os homens, 43% usaram e, entre as mulheres, apenas 25%.

A prática de sexo casual - mais de cinco parceiros no ano - aumentou entre os brasileiros. Foi de 4% na pesquisa de 2004 para 9,4% no ano passado. Menos da metade (45,17%) usou camisinha.

No quesito atividade sexual o brasileiro não faz feio: 77% das pessoas entre 15 e 64 anos (66,7 milhões) tiveram relações sexuais nos 12 meses que antecederam a pesquisa, realizada entre setembro e novembro de 2008.

O objetivo do estudo é orientar as políticas de prevenção à Aids e a doenças sexualmente transmissíveis.

A boa notícia é que os jovens entre 15 e 24 anos fazem mais sexo com proteção (60,9% deles já na primeira transa, e 32% em todas as relações do último ano). Entre os mais velhos - de 50 a 64 anos -, porém, o índice cai para 10% (veja abaixo).

Na comparação entre as regiões do país, a pesquisa revela que os campeões do sexo estão no Sul (83%) e no Centro-Oeste (82%). O Nordeste fica em último lugar, com 74%. O Sudeste é o penúltimo colocado (76,5%.) O maior índice de relacionamentos homossexuais é do Sudeste (8,4%) e o menor, do Centro-Oeste (5,6%). lA internet ajudou 10,5% dos jovens ente 15 e 24 anos a arrumar pelo menos um parceiro sexual. Segundo a pesquisa do Ministério da Saúde, na faixa etária seguinte (entre 25 e 49 anos), o percentual cai para 5,4%. Os brasileiros com mais idade - entre 50 e 64 anos - também usam a rede para encontrar parceiros , mas em número bem menor (1,7%).

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, brincou: "Você acha que a velhinha tá lá fazendo crochê? Ela já tá ligada na internet, conectada".

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