Dos 679 estudantes testados no Estado, só 262 chegaram à 2ª fase; coordenadora de universidade contesta necessidade da prova
Mais da metade dos estudantes do último ano dos cursos de medicina do Estado foram reprovados em um exame para avaliar os conhecimentos teóricos dos alunos. No teste, aplicado pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), 61% dos formandos não passaram para a 2ª fase da avaliação.
A taxa de reprovação é 97% maior do que a registrada no primeiro exame do Cremesp, realizado em 2005 (veja quadro ao lado). Neste ano, participaram 679 alunos, dos quais só 262 (cerca de 39%) chegaram à etapa seguinte.
"Creio que o nível seria ainda mais baixo se todos os 2,3 mil estudantes do sexto ano tivessem de participar", diz Braulio Luna Filho, um dos conselheiros do Cremesp.
Diante dos resultados insatisfatórios, ele defende a obrigatoriedade do teste, nos moldes do Exame da Ordem dos Advogados, para estimular os alunos a se dedicarem aos estudos. Só receberia o diploma quem tivesse um bom desempenho na prova.
"Assim também seria possível medir a qualidade do ensino nas faculdades", diz.
Para a coordenadora do curso de medicina da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Angélica Zeferino, o exame do Cremesp seria válido apenas se fosse feito no meio do curso. "Para que punir o aluno no último ano? Não resolveria o problema das escolas ruins." Nenhum estudante da Unicamp participou do teste.
domingo, 9 de novembro de 2008
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