sábado, 14 de março de 2009

Telefônica fica em 1º lugar em ranking de reclamações no Procon

13/03/09 - 10h25 - Atualizado em 13/03/09 - 17h04

É o terceiro ano consecutivo que empresa figura no topo da lista. Itaú ficou em 2º, seguido por TIM, Unibanco e Brasil Telecom.
Pelo terceiro ano consecutivo, a Telefônica ficou em primeiro lugar no ranking das empresas com mais reclamações fundamentadas em 2008, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (13) pela Fundação Procon de São Paulo.

Em nota, a empresa destacou que o número de reclamações caiu em relação a 2007.

VEJA O QUE DISSERAM AS DEZ PRIMEIRAS EMPRESAS DO RANKING É considerada reclamação fundamentada aquela aberta por meio de um processo administrativo após não ter havido acordo inicial com a empresa.
O banco Itaú ficou em segundo lugar, assim como no ano anterior, seguido pela operadora TIM, Unibanco e Brasil Telecom. Ao todo, o Procon recebeu 27.747 reclamações fundamentadas em 2008.

O G1 entrou em contato com as assessorias das dez primeiras do ranking. A Brasil Telecom não respondeu e a Gradiente informou, por meio de sua assessoria, que não irá comentar o assunto. Veja o que disseram Telefônica, Embratel, Eletropaulo, Bradesco, Sony Ericsson, Itaú-Unibanco e TIM.

RANKING DAS EMPRESAS COM MAIS RECLAMAÇÕES
Telefônica: 3. 615
Itaú: 1.586
TIM: 892
Unibanco: 773
Brasil Telecom: 758
Embratel: 692
Gradiente: 688
Bradesco: 656
Eletropaulo: 574
Sony Ericsson: 531

Os atendimentos totais - pessoais, por telefone, carta ou meios eletrônicos - realizados pelo Procon no ano passado totalizaram 531.116. Na avaliação do diretor-executivo do órgão, Roberto Augusto Pfeiffer, os dados representam mais da metade dos atendimentos de todo o país.
“É um número substancial, principalmente se comparado com o restante do Brasil. Corresponde a mais da metade dos atendimentos, isso porque os dados são somente da capital.”
Para uma reclamação ter sucesso, o Procon aconselha que os consumidores guardem contrato, notas fiscais e comprovantes de pagamento.

Setores
De acordo com o Procon, os setores com mais reclamações fundamentadas foram: produtos (móveis, eletrônicos, vestuário) teve 31%, seguido por assuntos financeiros (28%) e serviços essenciais (26%).

Motivos
A Fundação Procon esclareceu que dentre os principais motivos de reclamação contra a Telefônica estão o atendimento do call center, a oferta de produtos que não estão disponíveis para determinados públicos, além de serviços com características diferentes das anunciadas.
Os bancos, Itaú e Unibanco - considerados como empresas diferentes por terem se fundido somente no fim do ano -, são apontados principalmente por reclamações na área de transações eletrônicas não reconhecidas. Mesmo se as reclamações fossem somadas, a instiuição continuaria atrás da Telefônica no ranking.
A Brasil Telecom, embora não atue diretamente em São Paulo, está no ranking porque, segundo Procon, teria efetuado cobranças irregulares sobre ligações interurbanas na fatura de telefone local. Além disso, teria enviado cobranças antigas a diversos consumidores.

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Governo cobrará empresas
O secretário de Justiça e Defesa da Cidadania, Luiz Antônio Marrey, afirmou que todas as empresas reclamadas serão chamadas para negociar com o Procon em cerca de 30 dias, possivelmente pela ordem do ranking.
Segundo ele, as empresas podem ser multadas entre R$ 200 e R$ 3,2 milhões e punidas em processos criminais. “Vamos chamar as empresas para negociar. Elas têm obrigação de melhorar seus serviços”.
Para o secretário, o ranking é importante para que as empresas atentem sobre sua posição. “É um dado importante porque significa advertência às empresas no sentido de que precisam atender bem. Atender o consumidor não é um favor, é uma obrigação e é direito das pessoas que adquirem produtos e serviços.”

Lei do call center
O Procon informou ainda que a nova lei que define regras para o setor de call center não produziu impactos sobre o atendimento nos Procons. "Ainda não foi possível sentir impacto no atendimento do Procon, que continua crescente. Isso revela que as empresas ainda não conseguem reter o seu consumidor, que deve ser o fiscal da lei. As empresas têm de parar de criar problemas e, quando criam, precisam resolver."
http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL1041414-9356,00.html

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