segunda-feira, 21 de setembro de 2009

País recupera vagas perdidas na crise, vê PIB crescer e governo comemorar

São Paulo, domingo, 20 de setembro de 2009

GUSTAVO PATU
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Com o país já comprovadamente a salvo da recessão, o governo Lula pôde anunciar nesta semana, pela primeira vez, um resultado no mercado de trabalho melhor que o do ano anterior -e que todos os outros.
Após seis meses de lenta recuperação, em agosto foram criados 242.126 empregos formais, o maior número para o período já medido pelo cadastro nacional criado em 1992. Ao todo, o país recuperou, com alguma sobra, todas as vagas perdidas desde outubro, quando a crise econômica se agravou em todo o mundo.
A administração petista já faturava politicamente a superação da crise desde o anúncio de que a renda do país havia voltado a crescer no segundo trimestre do ano, após os dois trimestres seguidos de queda que definiram a recessão mais aguda desde o governo Collor.
Graças a mais um aumento do consumo das famílias e à recuperação da indústria, o Produto Interno Bruto teve expansão de 2,9%, o que alimentou as esperanças governistas de terminar o ano com resultado acima de zero, embora não muito.
"A atividade econômica voltou a funcionar a pleno vapor", comemorou Lula. No entanto, os próprios dados do PIB mostraram que os investimentos -obras de infraestrutura e aquisição de máquinas- se mantiveram estagnados em patamares inferiores aos do lançamento do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Tampouco a arrecadação de impostos deu sinais de melhora. A receita do governo federal caiu em agosto pelo décimo mês consecutivo.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/corrida/cr2009200903.htm

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