segunda-feira, 11 de maio de 2009

Gripe chega ao Brasil, e governo pede calma

São Paulo, domingo, 10 de maio de 2009


BEATRIZ PERES
EDITORA DE SAÚDE

Demorou, mas no fim da semana o Ministério da Saúde confirmou os primeiros casos da gripe A (H1N1), antes chamada suína, no Brasil.
Começaram com apenas quatro, em São Paulo, em Minas Gerais e no Rio, e todos os pacientes passavam bem, mas o país entrara no mapa de áreas com casos confirmados.
No dia seguinte, apareceu o primeiro registro de transmissão interna do vírus -um amigo de um jovem contaminado no México havia contraído a doença sem ter saído do país.
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, insistiu que a situação está "sob controle", tratou a manifestação autóctone da doença como um caso isolado e afirmou que nada muda na estratégia para lidar com a atual pandemia.
O pedido de calma à população foi ecoado pelos infectologistas brasileiros. O recado é: não existe motivo para pânico.
Após as primeiras informações alarmantes, o México reduziu as suspeitas de morte e chegou a admitir que as estatísticas de possíveis vítimas da doença incluíam mortos por câncer e aneurisma cerebral.
E dados recentes indicam que o novo vírus possui baixa letalidade -em torno de 1,5%, contra 0,5% da gripe comum.
Mas a manifestação interna da gripe será mais um teste da capacidade das autoridades brasileiras de lidar com a crise -até aqui, todas as orientações da Organização Mundial da Saúde parecem estar sendo seguidas. E as medidas necessárias para conter a doença (rastreamento, monitoramento e tratamento dos possivelmente infectados) têm sido tomadas.
É verdade que as confirmações só vieram depois de mais de uma semana de informações imprecisas sobre a chegada dos kits com reagentes necessários ao diagnóstico da doença.
Os laboratórios, agora, estão fazendo as análises, e há material suficiente para as amostras que precisam ser testadas.
Sem deixar de ter a principal precaução para evitar a transmissão de qualquer gripe -lavar sempre as mãos-, é preciso atentar aos sintomas, procurar um médico em caso suspeito e não fazer automedicação.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/corrida/cr1005200902.htm

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