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KENNEDY ALENCAR DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O PT viveu uma das semanas mais tensas de seus quase 30 anos. Obedecendo ao realismo político do presidente Lula, o partido salvou o presidente do Senado, José Sarney (PMDB), na quarta-feira, mesmo dia em que a senadora Marina Silva (AC) anunciou sua saída da sigla, na qual estava desde 1985. Com três votos, os petistas do Conselho de Ética foram decisivos para o arquivamento de todas as 11 acusações que pesavam contra o peemedebista. Pouco antes, Marina dava adeus ao PT, rumo ao PV, a fim de disputar o Planalto em 2010. A saída de Marina e o salvamento de Sarney mancham a imagem de um partido político que tem em suas raízes a defesa da ética na política e que hoje se transformou em máquina eleitoral. O PT perdeu uma ambientalista reconhecida internacionalmente e abraçou um oligarga que personifica a crise que assola o Senado. Apesar desse cenário e diante da ameaça do senador Flávio Arns (PR) de também deixar a legenda, Lula disse que o PT "continua forte, com muitas possibilidades". As prioridades do petista, ao segurar Sarney no comando do Senado, são duas: evitar uma crise na sua base de sustentação na hora da CPI da Petrobras e consolidar uma aliança para tentar eleger Dilma Rousseff como sucessora. Na quinta, a crise da bancada petista ganhou mais força, com o líder Aloizio Mercadante (SP) anunciando, via Twitter, que deixaria o posto em "caráter irrevogável". O gesto, que sinalizava a possibilidade de um racha maior ainda no partido, foi apenas fumaça. Após conversa com Lula, Mercadante recuou, e seu "irrevogável" virou alvo de chacota no microblog.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/corrida/cr2308200901.htm |
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