sábado, 15 de maio de 2010

Textos 2º ano


1. Conceito de Liberdade

Apesar de todos os condicionamentos, o homem é um ser livre, pois em última instância é sempre ele que decide agir ou não.

-. Sendo livre pode decidir ajustar-se ou não às regras sociais que encontra. Pode realizar ou não actos que constituem verdadeiras rupturas com os condicionalismos e as solicitações externas ou internas (Liberdade de).

-Sendo livre toma decisões que têm como objectivo responder à sua necessidade de realização pessoal, em conformidade com o seu próprio projecto de vida (Liberdade para).

Mas o que se entende por liberdade? - Designa a capacidade que todo o homem possui de actuar segundo a sua própria decisão.

2.Pressupostos da Liberdade

A liberdade implica:

-Autonomia do sujeito face às suas condicionantes. Embora o homem esteja sempre condicionado por factores externos e internos, para que uma acção possa ser considerada livre é necessário que ele seja a causa do seus actos, isto é, que tenha uma conduta livre.

-Consciência da acção. A acção humana é a manifestação de uma vontade livre e portanto consciente do seus actos. Este pressuposto implica que o sujeito não ignore a intenção, os motivos e as circunstâncias, assim como as consequencias da da própria acção. Pressuposto que está todavia longe de estar sempre satisfeito.

-Escolhas fundamentada em valores. A acção implica sempre a manifestação de certas preferências, implicando o homem nessa escolha. Nem sempre contudo, esta dimensão da liberdade é consciente, embora seja sempre materializada na própria acção.

3.Formas de Liberdade

- Liberdade interior: autonomia face a si mesmo (Liberdade psicológica) e de agir segundo valores livremente escolhidos (Liberdade Moral)

- Liberdade Exterior: autonomia face à sociedade (Liberdade sociológica) e de exercer os direitos básicos de qualquer cidadão (Liberdade Política).

4. Responsabilidade

A liberdade é inseparável da responsabilidade, pois aquele que reconhece como suas determinadas decisões, tem que igualmente reconhecer e assumir as consequências e os efeitos das mesmas. Este será uma assunto que desenvolvermos em detalhe quando abordarmos, em detalhe, a dimensão ética do agir.

5. Individualização

Embora o homem não seja livre de escolher o que lhe acontece, é todavia livre de responder desta ou daquela forma ao que lhe acontece (F. Salvater).

É nestas escolhas que o homem faz que define a sua individualidade, personalidade. As opções que tomamos ao longo da vida é que nos diferenciam. É por elas que somos julgados e avaliados nas nossas condutas. Aquilo que somos manifesta-se portanto naquilo que fazemos.

Carlos Fontes

afilosofia.no.sapo.pt/10accao3.htm

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