Apesar de todos os condicionamentos, o homem é um ser livre, pois em última instância é sempre ele que decide agir ou não.
-. Sendo livre pode decidir ajustar-se ou não às regras sociais que encontra. Pode realizar ou não actos que constituem verdadeiras rupturas com os condicionalismos e as solicitações externas ou internas (Liberdade de).
-Sendo livre toma decisões que têm como objectivo responder à sua necessidade de realização pessoal, em conformidade com o seu próprio projecto de vida (Liberdade para).
Mas o que se entende por liberdade? - Designa a capacidade que todo o homem possui de actuar segundo a sua própria decisão.
2.Pressupostos da Liberdade
A liberdade implica:
3.Formas de Liberdade-Autonomia do sujeito face às suas condicionantes. Embora o homem esteja sempre condicionado por factores externos e internos, para que uma acção possa ser considerada livre é necessário que ele seja a causa do seus actos, isto é, que tenha uma conduta livre.
-Consciência da acção. A acção humana é a manifestação de uma vontade livre e portanto consciente do seus actos. Este pressuposto implica que o sujeito não ignore a intenção, os motivos e as circunstâncias, assim como as consequencias da da própria acção. Pressuposto que está todavia longe de estar sempre satisfeito.
-Escolhas fundamentada em valores. A acção implica sempre a manifestação de certas preferências, implicando o homem nessa escolha. Nem sempre contudo, esta dimensão da liberdade é consciente, embora seja sempre materializada na própria acção.
- Liberdade interior: autonomia face a si mesmo (Liberdade psicológica) e de agir segundo valores livremente escolhidos (Liberdade Moral)
- Liberdade Exterior: autonomia face à sociedade (Liberdade sociológica) e de exercer os direitos básicos de qualquer cidadão (Liberdade Política).
4. Responsabilidade
A liberdade é inseparável da responsabilidade, pois aquele que reconhece como suas determinadas decisões, tem que igualmente reconhecer e assumir as consequências e os efeitos das mesmas. Este será uma assunto que desenvolvermos em detalhe quando abordarmos, em detalhe, a dimensão ética do agir.
5. Individualização
Embora o homem não seja livre de escolher o que lhe acontece, é todavia livre de responder desta ou daquela forma ao que lhe acontece (F. Salvater).
É nestas escolhas que o homem faz que define a sua individualidade, personalidade. As opções que tomamos ao longo da vida é que nos diferenciam. É por elas que somos julgados e avaliados nas nossas condutas. Aquilo que somos manifesta-se portanto naquilo que fazemos.
Carlos Fontes
afilosofia.no.sapo.pt/10accao3.htm
Nenhum comentário:
Postar um comentário