Publicado em 17/02/2009 - 0 comentários
Venezuelano afirma que a terceira fase de 'revolução' se estenderá, no mínimo, até 2019
Os venezuelanos aprovaram, em referendo, a emenda constitucional que permite a Hugo Chávez disputar um número ilimitado de reeleições. Com a vitória do "sim", o presidente anunciou que vai começar o terceiro ciclo da sua "revolução bolivariana", entre 2009 e 2019, deixando claro que sairá candidato na eleição de 2012, quando pode conquistar mais um mandato de seis anos.
De acordo com dados do Conselho Nacional Eleitoral, a reforma da emenda constitucional venceu com 54,36% dos votos e o "não" ficou com 45,63%. A abstenção foi de 32,95%, considerada baixa para os padrões da Venezuela, onde o voto não é obrigatório.
Chávez afirmou que a vitória foi "um triunfo da verdade". "Ganhou a dignidade da pátria contra os que negam a pátria." O presidente venezuelano disse ainda que o país assumiu a vanguarda da América Latina, pois, segundo ele, a limitação da reeleição é uma imposição estrangeira: "Estamos rompendo paradigmas que nos impuseram como se fossem imutáveis. Estamos num processo revolucionário".
País dividido
Apesar da comemoração governista pela vitória, o resultado do referendo mostrou que a oposição não está morta. O "não" conquistou 5 milhões de votos, maior votação desde a primeira disputa eleitoral contra Chávez em 1998. Isso pode ser um indicador de que a reeleição não está garantida. Falta, porém, à oposição unir-se em torno de um único nome.
Após a divulgação dos resultados, Chávez recebeu felicitações do ditador cubano Fidel Castro e do boliviano Evo Morales. O Brasil reagiu com "naturalidade", afirmou o chanceler Celso Amorim, dizendo que a reeleição ilimitada não é uma saída válida para o sistema político brasileiro. l
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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
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