domingo, 31 de agosto de 2008

Em homenagem à terra carioca

Papo de Deus com São Pedro, quando criaram o Rio de Janeiro.

- É, o visual ficou bonito!

- Mas, Deus, quem vai viver aí?

- Vamos botar gente trabalhadora, Pedro.

- Boa! Gente que rale!

- Tudo bem, mas cria o happy hour.

- Que tal pôr surfista? Corais...

- Surfistas, aprovado! Mas tira os corais pra não machucar os meninos.

- E a segunda-feira, Deus, mantém?

- Mantém! Mas capricha no domingo. Com futebol, praia e samba!

- Agora o clima.

- Vamos encher isso aí de gelo!

- Tá louco, Pedro? Eu quero sol o ano inteiro, com uma hora a mais no verão! E coloca aí uma observação: pôr-do-sol cinematográfico!

- É, Deus, ficou bom, hein! Merece até uma estátua sua!

- Minha não... Eu não gosto de aparecer. Bota uma do meu garoto.


http://oglobo.globo.com/rio/ancelmo/#123047

"Saudade do tempo que político era só ladrão"

31/08

Trecho do artigo de J.R. Guzzo na "Veja" :
Nada como o passar do tempo para os eleitores aprenderem a dar valor a certas coisas. Não era possível, anos atrás, achar nenhuma vantagem quando se dizia que em política, no Brasil, "só dá ladrão". O que poderia haver de bom para o cidadão, na hora de votar, diante de uma situação assim? Hoje, quando se olha para essa época, o brasileiro pode até sentir saudade. Mais uma vez, nas eleições municipais deste ano, ele será obrigado a votar – e constata que os ladrões deixaram de ser o que há de pior, realmente, na lista de candidatos a prefeito e vereador. A comprovação mais clara disso está numa informação prestada alguns dias atrás, mais ou menos de passagem, pelo vice-presidente do TRE do Rio de Janeiro, Alberto Motta Moraes: só no estado do Rio, afirmou ele, há pelo menos 100 candidatos às próximas eleições que são acusados de homicídio, ou já foram condenados por ter matado alguém.

http://oglobo.globo.com/rio/ancelmo/#123047

Manchetes - Resumo Folha

Segunda, 25.ago
Arrecadação sobe, e dívida dos Estados bate recorde

Terça, 26.ago
Reitor da Unifesp cai após denúncias

Quarta, 27.ago
Rússia desafia Ocidente e reconhece separatistas

Quinta, 28.ago
Relator apóia índios contra arrozeiros

Sexta, 29.ago
Serra propõe banir cigarro em SP

Sábado, 30.ago
Marta lidera; Alckmin pára de cair


http://www1.folha.uol.com.br/fsp/corrida/cr3108200805.htm

O que eles disseram

31/08

"Enganaram-se os que pensavam que o Supremo iria ter um negro submisso"
JOAQUIM BARBOSA, ministro do STF, ao comentar desentendimentos com alguns de seus colegas

"A Amazônia é um quarto escuro, ninguém sabe quem tem o quê lá"
MANGABEIRA UNGER, ministro de Assuntos Estratégicos, que disse ter estabelecido a regularização como prioridade para a área

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/corrida/cr3108200804.htm

Atleta vive dias de ator e apresentador


31/08
Depois da obrigação, o lazer. E, no caso de Michael Phelps, 23, que há duas semanas tornou-se o maior campeão olímpico da história, a diversão tem sido proporcional ao feito.

Desde que desembarcou nos EUA, na última quarta-feira, depois de uma semana de badalação e compromissos com patrocinadores em Pequim e Londres, o nadador não parou.

Virou figura fácil na TV, seu nome não sai dos tablóides e sua foto será exposta até janeiro na National Gallery, de Washington, ao lado de retratos de gente como Albert Einstein e Martin Luther King.

Todos -e todas- querem Phelps. Em menos de uma semana pós-China, já foi a um encontro com o golfista Tiger Woods, um de seus ídolos, deu aula de natação para crianças em Nova York, foi homenageado com uma parada na Disney World com direito a Mickey, Pateta e cia.

No meio tempo, o nadador, com seu jeitinho de nerd, ainda aproveita para trocar torpedos com celebridades. A atriz Lindsay Lohan e a cantora Carrie Underwood já estão na agenda de seu celular.

Mas, mesmo com tantos compromissos, uma das primeiras coisas que fez quando voltou foi matar as saudades dos amigos -e de seu lanche favorito. "Pedi um gigantesco e gorduroso cheeseburguer", afirmou à apresentadora do "Today Show", em sua primeira manhã nos EUA.
A entrevista, porém, era apenas a primeira de uma maratona programada pela rede NBC para Phelps.

Detentora dos direitos de transmissão da Olimpíada para os EUA, a emissora resolveu capitalizar com o nadador, especialmente após o desempenho aquém do esperado do país. E nada melhor que colocar Phelps o máximo de vezes possível no ar.

Além do "Today Show", foi ao "Tonight Show", com Jay Leno -que vai ao ar no dia 8-, e ainda apresentará a estréia da temporada do "Saturday Night Live", no próximo dia 13.
"Estou um pouco nervoso e ansioso com essa nova experiência, mas acho que será bem divertido", falou, sobre apresentar o SNL ao vivo. "Meus amigos já estão me ironizando. Disseram que estarão na platéia e que, se eu fizer alguma coisa errada ou contar piada sem graça, eles serão os primeiros a aplaudir."

Para homenagear o nadador, o rapper Lil Wayne será a atração musical. Era ao som de "I'm Me" que o nadador se aquecia antes de competir em Pequim. "Com certeza não vou me arriscar a cantar com ele", brincou Phelps.

Como se não bastasse, ainda irá ao "Late Show", de David Letterman, e, apesar de não gostar muito da idéia de atuar, fará uma ponta na série "Entourage", que mostra os bastidores da vida de celebridades de Hollywood.

E é lá que participará da entrega do VMA, prêmio da MTV, no dia 7. Sua parceira de palco deve ser Britney Spears, que tem feito lobby para aparecer ao lado do superatleta.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/esporte/fk3108200827.htm

Glauco e a tchurminha

Projeto de Serra veta fumo em bar, boate e até condomínios

29/08/2008
Proposta que será avaliada pela Assembléia bane fumantes de ambientes fechados, públicos ou privados; “Se quiser, fuma na rua”, diz governador sobre a regra, que extingue fumódromos.

Um projeto do governador José Serra divulgado ontem proíbe o fumo em ambientes fechados, privados ou públicos, em todo o Estado. Entre os locais que podem sofrer a restrição, estão bares, boates, áreas comuns de condomínios e padarias.
http://www.destakjornal.com.br/noticia.asp?ref=31038

Juro do cheque especial é o mais alto em cinco anos

Taxa do cheque especial, por exemplo, é a maior desde agosto de 2003, mas a participação dos empréstimos no PIB é histórica: 37%

26/08/2008
Os juros dos empréstimos estão batendo recordes, mas isso não está tirando o apetite dos brasileiros pelas compras a prazo.

É o que mostram os dados do Banco Central, segundo os quais, os juros cobrados no cheque especial, por exemplo, estão no maior patamar desde agosto de 2003, chegando a 162,7% ao ano na medição feita em julho. No mesmo mês, segundo o BC, as operações de crédito no Brasil atingiram R$ 1,086 trilhão, o equivalente a 37% do Produto Interno Bruto (PIB) do país (R$ 2,7 trilhões). A porcentagem é a maior da história.

O aumento da participação do crédito na economia reflete o aquecimento do mercado, a melhora na renda e o crescimento no número de parcelas no carnê. Para o BC, o crédito deve bater em 40% do PIB no fim deste ano.l
http://www.destakjornal.com.br/noticia.asp?ref=30832

Estudo mostra que em nove capitais nenhuma mulher concorrerá à prefeitura

31 de Agosto
Brasília - Levantamento da Secretaria Especial de Política para as Mulheres, com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mostrou que em nove capitais (Rio Branco, Manaus, Salvador, Vitória, Goiânia, São Luís, Cuiabá, Porto Velho e Boa Vista) o índice de participação feminina à prefeitura é zero. Ou seja, nenhuma mulher vai disputar a vaga à prefeitura da capital.

Além disso, o estudo mostrou que nenhum partido cumpriu a cota mínima de 30% de mulheres no total de candidaturas para as câmaras municipais. Das 348.564 candidaturas ao legislativo municipal, 271.696 (77,95%) são homens e 76.868 (22,05%), mulheres. Mato Grosso do Sul apresenta o maior índice de candidatas, com 25,16% e o Acre é o último colocado com 19,26%.
http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2008/08/29/materia.2008-08-29.6069220884/view

Marinha quer concluir até 2010 usina de combustível nuclear

Brasília - A Marinha espera concluir até 2010 sua própria usina para transformar o concentrado de urânio em gás e assim produzir combustível nuclear na quantidade necessária para continuar desenvolvendo seu programa nuclear.

Com o fôlego renovado desde a promessa do governo federal de destinar R$ 1 bilhão para que dê continuidade ao programa, a Marinha estima construir até 2014 um laboratório onde poderá gerar energia elétrica a partir da tecnologia nuclear.

Tanto a Usexa (Usina de Hexafluoreto de Urânio, o gás UF6) quanto o Laboratório de Geração Núcleo-Elétrica (Labgene) irão funcionar no Centro Experimental de Aramar (CEA), instalação que a Marinha mantém no município de Iperó, no interior de São Paulo, a cerca de 130 quilômetros da capital paulista.

Para se ter uma noção do potencial energético do material obtido na Usexa, o chefe da divisão do Laboratório de Materiais Nucleares do CEA, Lauro Roberto, explica que com 24 quilos de UF6 podem ser produzidos cerca de 17 quilos de dióxido de urânio (UO2), matéria-prima para a fabricação de quase 3 mil pastilhas utilizadas como combustível nos reatores nucleares.

“A energia contida em uma só pastilha de urânio de 7 gramas, enriquecida a 3,5%, equivale a três barris de petróleo e a uma tonelada de carvão. Não significa que você vá obter toda essa energia, mas é possível ver o potencial do material”, explica Roberto.
http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2008/0/29/materia.2008-08-29.7130929900/view

'Patrulha Verde' registra aumento de queimadas

[ 28/08 ]
Apesar do Corpo de Bombeiros constatar uma redução de 57% das queimadas em relação ao ano passado numa comparação entre os meses de julho e agosto, a prática ilegal continua sendo muito utilizada na cidade.

Prova disso é que o programa municipal Patrulha Verde, criado exatamente para auxiliar a corporação nos casos de menor gravidade, registrou o combate a 1.080 focos de queimadas entre os dias 16 de maio e 31 de julho, implicando num aumento de 36% em relação aos atendimentos prestados em 2007.

O clima seco dificulta a dispersão de poluentes, o que prejudica a qualidade do ar e a saúde de pessoas com problemas respiratórios, cardíacos e irritação nos olhos.

A campanha ainda conta com participação da comunidade, que pode denunciar ocorrências e realizar ações preventivas, pois a diminuição das queimadas reduz a necessidade de atendimentos nas unidades de saúde por problemas respiratórios. A população pode denunciar incêndios pelos telefones 193 (Bombeiros) e 199 (Defesa Civil).

Em 1999 a Prefeitura regulamentou a lei número 5.847, que determina que queimada é crime e prevê uma multa de R$ 3,25 por metro quadrado de terreno afetado. Em caso de reincidência o valor dobra.
http://www.cruzeironet.com.br

Sorocaba oferece táxi para usuários especiais

27/08 ]
Antes mesmo da cidade de Campinas e da capital paulista adiquirirem taxis especiais para deficientes físicos, Sorocaba já conta com veículo adaptado. Na Capital a frota é de 80 carros, em Campinas serão 20, inicialmente, mas o único carro de Sorocaba, uma Dublo 2008, já está sendo bastante utilizado, cumprindo a demanda dos portadores de deficiência.

Em menos de dois meses, o taxista Nivaldo Fontolan, já formou uma boa clientela. “Tenho 15 clientes fixos e sempre que aparece um novo, fico feliz. Ajudo quem precisa e ganho bem pelo que faço”, explica Nivaldo.

Transporte especial gratuito
O serviço de transporte especial em Sorocaba, realizado pela prefeitura, por meio da Urbes, é uma modalidade de transporte porta a porta, gratuita, destinada às pessoas portadoras de deficiência física severas, impossibilitadas de utilizar outros meios de transporte público.
Os veículos, atualmente 13 ao todo, são devidamente adaptados para garantir conforto e segurança a seus usuários. Equipados com plataforma de elevação para embarque e desembarque, atendem, hoje, entre usuários e acompanhantes, cerca de 700 pessoas.
http://www.cruzeirodosul.inf.br/materia.phl?editoria=39&id=114596

Pesquisa Ipeso/BOM DIA dá vitória a Vitor Lippino primeiro turno

31 de agosto de 2008
Entrevistas são realizadas entre dias de 23 e 28de agosto; margem de erro é de 5% para mais ou para menos
Agência BOM DIA
Se a eleição para prefeito de Sorocaba fosse hoje, numa pesquisa exclusiva para o BOM DIA, o Instituto de Pesquisas Ipeso aponta que Vitor Lippi (PSDB) seria reeleito com 69,5% dos votos, seguido por Hamilton Pereira (PT), com 12,5% e Raul Marcelo (PSOL), 7%.
Esse resultado refere-se a pesquisa estimulada realizada na cidade de Sorocaba no período de 23 a 28 de agosto de 2008 com uma amostra de 400 respondentes.
http://www.redebomdia.com.br/

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Imagens Olímpicas II

O brincalhão jamaicano Usain Bolt mostrou ao mundo que o atletismo pode ser uma grande brincadeira.

http://ultimosegundo.ig.com.br/olimpiada//galeria/2008/08/24/melhores_imagens_de_pequim_128981.html#

Imagens Olímpicas I

Kjersti Platzer, da Noruega, desaba na pista de atletismo após conquistar a prata na marcha de 20km

Australiano vibra com ouro e assume que é homossexual


Mattew Mitcham fez duas coisas surpreendentes em Pequim. Abocanhou a medalha de ouro do aparentemente invencível time chinês de saltos ornamentais e disse a quem perguntasse que sim, é gay.

Mattew Mitcham comemora
Dois anos atrás, o atleta de 20 anos sequer estava saltando. Ele tinha abandonado o esporte, cansado anos de dedicação a um esporte exaustivo. Mas retornou para o ouro. "Tudo, absolutamente tudo o que eu fiz, foi para isso", disse o australiano. "Agora aconteceu, eu nunca pensei que conseguiria".

Mitcham desabou em lágrimas depois que um salto quase perfeito, na última série, o deixou acima do favorito chinês no alto da classificação. Essa foi a oitava e última medalha no esporte completamente dominado pelos anfitriões, que esperavam também ficar com esta. Um garoto não-atlético e rebelde, e provavelmente o único saltador de elite que usa um piercing na língua, Mitcham foi descoberto ao ser visto dando saltos em uma piscina pública.

Ele sofreu de depressão e, em 2006, deixou os saltos ornamentais, mas voltou no ano passado determinado a vencer e se divertir. "Eu não conseguia ouvir o público. Em minha mente eu dizia, 'simplesmente aproveite'', disse o saltador sobre seu último e magnífico salto.

Ele é tão destemido em sua vida pessoal como na plataforma de 10 metros.
Mitcham não esconde sua sexualidade e é o único homem, entre 10.500 atletas, que admite publicamente que é gay, de acordo com um levantamento feito por um site gay de esportes. Muitos atletas gays temem que se revelar possa causar desaprovação dos fãs e colegas de equipe, além de prejudicar contratos de patrocínios que são uma fonte vital de recursos. Eles também temem que o foco da mídia em sua sexualidade possa ofuscar suas conquistas esportivas, e Mitcham disse que quer ser conhecido apenas como um grande saltador australiano.

"Ser gay e saltador são duas coisas completamente separadas em minha vida", disse a jornalistas. "Estou feliz comigo mesmo do jeito que eu sou".






Jogos Olímpicos - resumão

Os recordes no Cubo D'Água
Construído com a mais alta tecnologia para que fosse facilitada a quebra do maior número possível de recordes, o Cubo D'Água viu as marcas serem demolidas nas provas de natação. Foram quebrados 87 recordes (25 mundiais e 62 olímpicos). Só duas das 32 provas mantiveram intactos seus tempos anteriores a Pequim.



Phelps, demolidor de marcas
Antes de Pequim, Michael Phelps dizia que queria "tentar algo nunca visto". E foi o que o americano fez. Ao conquistar oito medalhas de ouro e quebrar recordes mundiais em sete provas e olímpicos em oito, Phelps, aos 23 anos, reescreveu a história da natação, desbancando o compatriota Mark Spitz, que em 1972 tinha conquistado sete ouros.



César Cielo, nosso campeão
O brasileiro se tornou em Pequim o primeiro campeão olímpico do país na natação. Venceu a final dos 50m livre com o tempo de 21s30, com novo recorde olímpico, e superando favoritos como o francês Alain Bernard e o australiano Eamon Sullivan. De quebra, Cesão, como é chamado por amigos e parentes, levou o bronze nos 100m livre.


Bolt, um raio na pista de atletismo
O jamaicano Usain Bolt assombrou o mundo ao ganhar a prova mais rápida do atletismo, os 100m, com recorde mundial (9s69) e grande facilidade. Tanta que antes da chegada desacelerou, mirou as câmeras e bateu no peito, festejando. O gesto foi criticado. Ele respondeu vencendo os 200m e o revezamento, com recordes.



Maurren e outras brasileiras
Maurren Maggi, ouro no salto em distância, é o símbolo da grandeza (se ignorarmos o doping) conquistada por nossas atletas, a primeira campeã olímpica em esporte individual. Também brilharam Natália Falavigna (taekwondo), Ketleyn Quadros (judô), e a dupla Isabel Swan-Fernanda Oliveira (vela), todas com medalhas de bronze.


A maldição do futebol sem ouro
O país pentacampeão do mundo vai continuar perseguindo o ouro do Olimpo. Os homens levaram um baile da Argentina e só pegaram o bronze. As meninas foram vítimas da falta de pontaria. Fizeram de tudo. Menos o gol. E ficaram novamente com a prata. Prata repetida, com jeito de ouro, mas gosto amargo de fel.



A urucubaca verde e amarela
Só pode ser olho gordo de argentino. Quatro anos depois do padre maluco que tirou o ouro de Vanderlei Cordeiro de Lima na maratona, foi a vara de Fabiana Murer que sumiu. E o tombo do Diego Hypólito? Na melhor fase da carreira, ele fez tudo perfeito até o último movimento. Quando seria só esperar pelo ouro, caiu sentado.



O faz-de-conta chinês
A menina linda e afinada que cantou na festa de abertura, na verdade, dublou a voz de outra considerada feinha. As pegadas desenhadas com fogos de artifício na TV pareciam ao vivo, mas foram trabalhadas em computador. E até a torcida, às vezes, não era espontânea: tinha voluntários convocados a tapar os vazios dos estádios.



China x EUA
A China desbancou os EUA do topo do quadro de medalhas. E a pendenga causou constrangimento. Do lado chinês, teve atleta dizendo que o custo dos ouros era alto, com pressão demais. Do lado americano a mídia andou sonegando dados sobre os ouros, para mascarar a superioridade chinesa, e só divulgou o total de medalhas.



O país das cortadas
Mais uma vez, o vôlei brasileiro mostrou sua força. A seleção feminina, depois de cinco semifinais em que ficou pelo caminho, enfim deu a sua volta por cima, com medalha de ouro no peito. No masculino, perdemos o ouro mas ganhamos a prata. E na praia colocamos duas duplas masculinas no pódio, com prata e bronze.

Manchetes da Semana - Folha de SP

Segunda, 18.ago
Cresce total de alunos pobres na universidade

Terça, 19.ago
Pressionado, ditador do Paquistão renuncia

Quarta, 20.ago
Lula vai criar empresa para explorar o pré-sal

Quinta, 21.ago Decisão do STF proíbe nepotismo

Sexta, 22.ago STF veta contratação de parentes até terceiro grau

Sábado, 23.agoGoverno vê "mercado de votos" no Congresso

O diagnóstico é simples, Olimpíada não é Pan

FSP, FÁBIO SEIXAS - 25/08/2008

Winicki, 28, é bicampeão pan-americano de vela.No Rio-2007, passeou. Antes de a competição começar, avisou que venceria. Cumpriu a promessa sem problemas, dominando as regatas, controlando seus adversários, pendurando o ouro no pescoço. É o mesmo Winicki, ou Bimba, que na quarta-feira encerrou sua participação nos Jogos com uma quinta colocação.E que talvez por estar em Qingdao, a 830 km de Pequim e da influência do Comitê Olímpico Brasileiro, saiu com a seguinte declaração: "Não se pode analisar com base nos Pan-Americanos. Já ganhei dois Pans, é outra realidade. Isso vale para todos os esportes." Diagnóstico direto, duro e cru que o esporte brasileiro recebe a cada quatro anos e que teima em esquecer durante os intervalos, empolgado com resultados em eventos de segundo e terceiro escalões. Como sul-americanos, como meetings esvaziados, como o Pan.

Amnésia de conveniência. No ciclo cumprido pelo COB desde Winnipeg-99, fatura-se no Pan para se gastar na Olimpíada. Fórmula que conta com dois aliados de primeira hora.A TV Globo, com seu "Brasil-sil-sil" sempre na agulha, e o governo federal versão Lula, que não titubeia quando o esporte bate à porta -nunca na história deste país tanta verba pública foi colocada no setor. Mas há o efeito colateral da p
ujança.
A cobrança.
Que aconteceu de forma suave na primeira semana e que passou a se concretizar na segunda: em ordem cronológica, fracassaram a ginástica, o hipismo, o salto com vara, o futebol, o vôlei de praia, o salto triplo, a maratona aquática... E o Bimba.

Discrepância entre investimento e resultado que fizeram o presidente do COB literalmente dar as costas a repórteres nos últimos dias. E que poderia complicar a aplicação de sua fórmula no próximo ciclo. Poderia, mas não vai acontecer. O plano B já estava armado. Há Rio-2016, há uma candidatura olímpica no horizonte.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/corrida/cr2408200804.htm

STF vai discutir o aborto de anencéfalos

FSP, 24 de agosto de 2008

Tão ou mais polêmico que o julgamento sobre pesquisas com células-tronco embrionárias, o STF (Supremo Tribunal Federal) começa nesta semana um novo debate, sobre a possibilidade da interrupção da gestação em casos de anencefalia, que novamente será definido pela visão de cada ministro que pertence à corte.

Na próxima terça-feira, o Supremo realiza a terceira audiência pública de sua história, com três dias de duração, na qual serão apresentados os pontos de vista religiosos (dia 26), científicos (dia 28) e os da chamada sociedade civil (dia 1º) sobre o tema.

O julgamento, por sua vez, deverá acontecer entre outubro e novembro deste ano, segundo o relator da ação proposta pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS), ministro Marco Aurélio Mello. De acordo com ministros ouvidos pela Folha, seu teor será "muito parecido" com a discussão sobre a constitucionalidade das pesquisas com células-tronco.

O que está em questão, dizem os ministros, é o mesmo princípio constitucional, o da dignidade da pessoa humana. Assim como naquele primeiro julgamento, a discussão gira em torno de um dilema central, que se resume ao seguinte questionamento: Existe vida humana ou ao menos o seu potencial num feto cujo cérebro não se desenvolveu?

O julgamento e a audiência serão marcados pelo caso de Marcela de Jesus Galante Ferreira, diagnosticada ainda no útero da mãe, em 2006, como anencéfala. A previsão médica era a de que Marcela morreria antes do parto ou com poucos dias de vida. Ela, no entanto, sobreviveu quase dois anos.

Existe no STF, segundo a Folha apurou, duas fortes tendências. De um lado, favoráveis à possibilidade do aborto, ficariam os ministros Marco Aurélio Mello, Carlos Ayres Britto, Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Do outro, contra a interrupção, estariam Carlos Alberto Direito, Eros Grau, Ricardo Lewandowski e Cezar Peluso.O julgamento, portanto, seria decidido pelos votos de Ellen Gracie, Gilmar Mendes e Carmen Lúcia. Os quatro primeiros são contrários à influência religiosa no debate jurídico e defendem os argumentos apresentados pela CNTS, que não considera "aborto" a interrupção da gestação em caso de feto anencéfalo, já que não existiria o potencial da vida humana. De acordo com o advogado da confederação, Luís Roberto Barroso, a anencefalia é "um fato atípico". "No nosso ordenamento jurídico não há definição sobre o início da vida, mas já sobre o momento da morte, que é quando o cérebro para de funcionar", disse à Folha. "Então, se não há cérebro, não há vida. Se não há vida, não é aborto".

Outro argumento que deverá ser apresentado é o fato de que, na época de elaboração do Código Penal brasileiro, não havia tecnologia para detecção de casos de anencefalia. Esse seria o motivo pelo qual o aborto é permitido apenas em casos de estupro e perigo de morte da mãe. Por último, os ministros também devem alegar que o princípio da dignidade humana deve ser aplicado só à mãe.Quando julgavam a viabilidade legal das pesquisas com células-tronco, o relator do tema, ministro Ayres Britto, chegou a extrapolar o tema em debate, abrindo caminho para a defesa de teses sobre a legalização do aborto. "A vida humana é revestida do atributo da personalidade civil, é um fenômeno que transcorre entre o nascimento com vida e a morte cerebral", disse na ocasião.Já em relação ao grupo contrário ao aborto em caso de anencefalia, não existe um consenso de teses que o levaria para o mesmo lado. Prevalece, por exemplo, no caso de Direito, a posição religiosa de que a vida humana começa desde sua concepção, tornando o aborto contrário ao direito à vida.

No âmbito jurídico, porém, prevaleceria a tese de que o Supremo não pode criar uma nova legislação, não prevista no Código Penal brasileiro. A idéia não seria entrar no mérito da questão, mas afirmar que cabe ao Congresso, não ao STF, estabelecer a legalidade do aborto em caso de anencefalia. "Existem duas hipóteses de aborto na lei. Não posso criar uma terceira", disse Eros Grau.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2408200802.htm

Brasil importa agrotóxico vetado no exterior

23 de agosto de 2008

Enquanto a Justiça proíbe a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de fazer a avaliação toxicológica de agrotóxicos comercializados no país, o Brasil já importou, até julho deste ano, mais de 6.000 toneladas de substâncias que foram vetadas pelos próprios países que as produzem. Essas substâncias são usadas para fabricar cerca de cem agrotóxicos utilizados em culturas de frutas, feijão, grãos, batata e café, entre outros.Entre os possíveis efeitos decorrentes da ingestão dessas substâncias, apontados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e pelas agências da União Européia e dos Estados Unidos, estão problemas no sistema nervoso, câncer e danos ao sistema reprodutivo.

Os mais afetados são os trabalhadores da agricultura, que manipulam diretamente os produtos. Especialistas afirmam que há também risco para o consumidor dos produtos agrícolas. No entanto, ressalvam que, muitas vezes, é difícil estabelecer um nexo causal entre a substância e a doença.Nos últimos anos, a evolução dos estudos levou outros países, principalmente da União Européia, a proibir determinados componentes dos agrotóxicos. Por causa do cerco internacional, a Anvisa decidiu reavaliar neste ano o registro de nove deles, que fazem parte da composição de 99 agrotóxicos.Em agosto, o processo foi suspenso por uma decisão liminar do juiz Waldemar Claudio de Carvalho, da 13ª Vara da Justiça Federal no Distrito Federal, em favor do Sindag (sindicato das indústrias de defensivos agrícolas).

A entidade argumenta que o procedimento adotado pela Anvisa não dava aos fabricantes direito a ampla defesa.José Roberto da Ros, vice-presidente-executivo do Sindag, afirma que alguns países podem cancelar o registro de algumas substâncias por terem encontrado um similar mais barato, e não por questões toxicológicas.

Importações
Dados do Siscomex (Sistema Integrado de Comércio Exterior) registram um forte crescimento na quantidade de substâncias que o Brasil importa de países onde elas são proibidas, de 2006 em relação aos sete primeiros meses deste ano.Um exemplo do fenômeno é o paraquate, substância permitida para as culturas de abacate, abacaxi, algodão, arroz, aspargo, banana, batata, beterraba, cacau, café, cana-de-açúcar, chá, citros, coco, couve, feijão, maçã, milho, pastagens, pêra, pêssego, soja, sorgo, trigo e uva. O Brasil importava 82 toneladas do produto em 2006, ano em que ele foi proibido pela União Européia sob a suspeita de ser carcinogênico. Em 2008, os registros até julho mostram que, hoje, o país compra uma quantidade 311 vezes maior.

Entre os países que comercializam o produto estão Reino Unido e Dinamarca -a substância também é proibida no país nórdico. Outro caso envolvendo agrotóxico importado pelo Brasil ganhou espaço recentemente na imprensa dinamarquesa.Proibido naquele país desde 2005, o paration metílico voltou a ser exportado para o Brasil neste ano, após dois de interrupção. A Dinamarca, agora, estaria pressionando o fabricante pela aparente contradição."Eu tive a informação de que a Dinamarca estava exigindo que a empresa que produz o paration metílico retirasse a ação interposta na Justiça brasileira [contra a avaliação da Anvisa] porque lá eles não permitem a utilização desse produto", afirma Agenor Álvares, ex-ministro da Saúde e integrante da diretoria colegiada da Anvisa.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2308200816.htm

EUA torcem números e se recusam a aceitar derrota

23 de agosto de 2008

Em segundo lugar no quadro de medalhas de Pequim, os EUA promoveram um exercício de estatística ontem para tentar minimizar a derrocada. Nas últimas três Olimpíadas, o país liderou a classificação por número de ouros, critério do COI em seu ranking, embora a entidade diga que não faz classificação de países. Os americanos nunca questionaram.Agora, porém, resolveram destacar outros fatores.

Segundo o novo discurso do Usoc, o comitê norte-americano, o que vale é o total de medalhas, a "limpeza" da equipe e o desempenho nos esportes coletivos."Estou aqui para dizer que estamos orgulhosos do que fizemos aqui na China", disse ontem Peter Ueberroth, presidente do Usoc. "Superamos o total de medalhas de Atenas e está claro que somos uma equipe limpa, sem problemas de doping. O mundo pode se orgulhar da nossa participação."Com as classificações das seleções masculinas de vôlei e basquete para a final, os EUA garantiram outras medalhas em Pequim, superando o desempenho de Atenas-2004. Na Grécia, foram 36 ouros. Em Pequim, 31 até agora. Mais importante: em 2004, o país fechou a participação com quatro ouros a mais do que a China. Agora, tem 16 a menos.

O fracasso americano no atletismo -após o caso Balco, de doping coletivo- é uma das explicações para o país não ganhar ouros nas principais provas de velocidade."Quando os Jogos acabarem, vamos fazer uma revisão de nossos programas", disse o chefe da associação de atletismo americano, Doug Logan, que, ao contrário do comitê olímpico, reconheceu o fracasso.Nos esportes coletivos, os EUA foram ouro no futebol (feminino) e estão nas finais do nado sincronizado, do pólo aquático (masculino), do vôlei e do basquete. Também triunfaram nas duplas do vôlei de praia. Ueberroth exaltou isso. Em seguida, o dirigente se traiu quando o tema foi dinheiro. Segundo ele, o governo americano terá de ajudar no financiamento do comitê "caso o país considere importante uma reação". A proposta é emblemática: o Usoc sempre se orgulhou de ser uma entidade privada, sem dinheiro público.

Jim Scherr, CEO do comitê, ainda defendeu uma revisão no programa do próximo ciclo olímpico, até Londres-2012."A China fez um planejamento focando cada medalha em jogo, e vamos ter que fazer algo parecido no futuro. Precisamos de mais recursos."Há 72 anos, desde os Jogos de Berlim-1936, a ponta do quadro de medalhas de uma Olimpíada não escapava do eixo EUA-Rússia (ou União Soviética).

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/esporte/fk2308200839.htm

domingo, 24 de agosto de 2008

Supremo veta contratação de parentes nos três Poderes

21/08/2008

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu ontem que a resolução anti-nepotismo editada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vale também para os Poderes Executivo e Legislativo.

Os ministros se manifestaram durante o julgamento de um recurso extraordinário do Ministério Público do Rio Grande do Norte contra a contratação de parentes na Prefeitura de Água Nova.O ministro Ricardo Lewandowski foi convencido pelos colegas de que não configura nepotismo a nomeação de parentes para cargos políticos, com restrição apenas às contratações cruzadas. A restrição vale para todos os cargos administrativos.No caso específico, os ministros decidiram que a contratação do irmão do vice-prefeito como motorista da prefeitura configura nepotismo. Por outro lado, não há restrição a que o irmão de um dos vereadores continue no cargo de secretário municipal de Saúde.

Os ministros entenderam que a resolução do CNJ atende aos princípios básicos da administração pública, como a impessoalidade e a moralidade. Portanto, a resolução apenas ratifica algo que está previsto na Constituição.O plenário do STF decidiu que será editada hoje uma súmula vinculante que vai confirmar a restrição a contratação de parentes também no Executivo e no Legislativo, proposta por Lewandowski. Com isso, será possível entrar ao Supremo com uma reclamação nos casos de contratação de parentes na administração direta ou indireta do poder público de cidades, Estados e União.

http://www.destakjornal.com.br/noticia.asp?ref=30564

Homem-bala


21/08/2008


Usain Bolt, que espantou o mundo com uma vitória fácil nos 100 m rasos, ontem conquistou o ouro nos 200 metros com igual facilidade.


E,pela primeira vez, um atleta venceu e quebrou o recorde mundial das duas provas na mesma edição dos Jogos.O jamaicano, que hoje completa 22 anos, está para as pistas de Pequim assim como Michael Phelps esteve para a piscina.


Irreverente, deitou na pista depois de conquistar o ouro e estabelecer o recorde de 19s30, superando por 0s02 a marca do americano Michael Johnson, de 1996.“Sim, eu sei que fiz história aqui”, afirmou Bolt, atleta de sorriso fácil e que contrasta com a habitual arrogância de seus colegas velocistas.


É uma nova cara, um novo estilo nas pistas. Desde Carl Lewis, em 1984, um atleta não vencia as duas provas nos Jogos.E o jamaicano não vai ter muito tempo para descansar, já que ainda vai integrar a equipe do revezamento 4 x 100 metros rasos.


Após recordes, jamaicano luta agora contra a desconfiança Após as conquistas em Pequim, Usain Bolt tem uma nova missão: convencer o mundo de que não se dopou.


O velocista alemão Tobias Unger já insinuou que Bolt não está limpo. “É muito suspeito que ele nunca mostre cansaço”, disse o alemão. Os atletas jamaicanos, porém, passaram por uma série de exames antidoping antes do Jogos. Asafa Powell chegou a reclamar do exagero.“Estou limpo”, afirmou Bolt diversas vezes em Pequim. Há ainda uma longa jornada até que acabe a desconfiança.


Sob pressão, governo pára projeto de adoção por gays

21/08/2008
Um recuo do governo federal impediu que a adoção por casais homossexuais fosse regulamentada pela Câmara, o que lhes daria os mesmos direitos que os casais heterossexuais.

O texto original com as novas regras para adoção exigia a “comprovação da estabilidade da convivência no caso de casal homoafetivo”. Horas antes da votação, líderes governistas apresentaram uma versão que eliminava a expressão “casal homoafetivo”. A mudança foi aceita pelo autor da proposta, João Matos (PMDB-SC). No final, a matéria foi aprovada, e segue agora para o Senado.Na prática, a adoção por casais gays já existe, mas depende de autorização judicial. Os direitos também são diferentes dos existentes para heterossexuais: hoje, um homossexual pode adotar, mas seu companheiro não tem direitos nem vínculos legais com o adotado, ou seja, não existe a adoção pelo casal.

O recuo do governo aconteceu depois da pressão exercida por alguns partidos da base aliada, entre eles o PTB.O líder do partido, deputado Jovair Arantes (GO), disse “não ter nada contra” a opção sexual, mas avaliou que a “família brasileira não está preparada” para conviver com o fato.

A nova lei deve dificultar a adoção de crianças por estrangeiros, que só serão autorizadas se não houver brasileiros interessados nelas. lCCJ do Senado segue o STF e proíbe abusos no uso de algemasA Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou ontem, em caráter terminativo (sem necessidade de passar plenário), o projeto que coíbe abusos no uso de algemas. A matéria segue para a Câmara.O texto regulamenta decisão já tomada pelo STF, e limita o uso para casos de resistência, risco de fuga do preso e ameaça à integridade física dos policiais.

Câmara
Além das novas regras para a adoção, a Câmara também aprovou mais um pacote de medidas, entre elas a que criminaliza a ação das milícias e a que estabelece o crime de responsabilidade para os secretários municipais. No total, a Casa aprovou dez matérias, entre projetos de lei e medidas provisórias.

http://www.destakjornal.com.br/noticia.asp?ref=30561

Brasileiro gasta R$ 3,8 bi na web

20/08/2008

Cada vez mais o brasileiro compra pela internet. E em valores maiores. É o que aponta o Relatório Webshoppers, divulgado ontem pela consultoria e-bit e pela Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net).

Nos seis primeiros meses deste ano, o comércio eletrônico brasileiro atingiu vendas de R$ 3,8 bilhões, valor que é 45% acima dos R$ 2,7 bilhões no mesmo período de 2007.Segundo o estudo, o número de clientes que compraram pela internet também teve um crescimento expressivo, de 42%, passando de 8,1 milhões de consumidores para 11,5 milhões. A diferença entre o crescimento no total das vendas (45%) e o de clientes (42%) explica outro dado importante do Relatório Webshoppers: o valor das compras está ficando maior. No primeiro semestre, os consumidores fizeram aquisições médias de R$ 324, ou 9,4% acima dos R$ 296 de tíquete médio nos primeiros seis meses de 2007.Pedro Guasti, diretor-geral da e-bit, afirma que o resultado foi influenciado pela queda nos preços de computadores, as facilidades de parcelamento e o aumento de renda da classe C. Dentre os produtos mais vendidos estão livros (17%), informática (12%), saúde e beleza (10%) e eletrônicos (7%).

http://www.destakjornal.com.br/noticia.asp?ref=30489

Lei seca: em 60 dias, caem 49% os atendimentos a acidentados

20/08/2008

O número de atendimentos a vítimas de acidentes nos hospitais da Grande São Paulo caiu 49% nos dois primeiros meses da lei seca, se comparado aos 60 dias anteriores à implementação das novas regras.

Desde que a lei seca passou a vigorar, em 20 de junho, até 17 de agosto, houve cerca de 9,3 mil casos, quase metade das 18,4 mil ocorrências registradas entre 19 de abril e 18 de junho, mostra levantamento realizado pela Secretaria Estadual da Saúde.A análise, feita a partir de dados de 30 hospitais com serviço de pronto-socorro na região metropolitana, também aponta queda de 43,5% dos acidentados (vítimas de colisões entre veículos, quedas de motos e atropelamentos) de 19 de junho a 17 de agosto, em comparação com o mesmo período de 2007, quando 16,5 mil pessoas foram atendidas.

http://www.destakjornal.com.br/noticia.asp?ref=30486

Para o secretário estadual da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, “a fiscalização rigorosa nas ruas e a grande exposição do assunto na mídia contribuíram” para a queda.Apesar da redução da quantidade de atendimentos a acidentados na Grande São Paulo, ainda não houve uma queda substancial no número de mortos em acidentes nas rodovias estaduais, após a implementação da lei seca.Em julho, 191 pessoas morreram nas estradas paulistas, contra 193 no mesmo mês de 2007.

Brasil testa pílula que previne transmissão do HIV por via sexual

Uma pesquisa vai testar a eficácia e a segurança de um comprimido na prevenção contra a AIDS a partir de setembro no Brasil.

Cerca de 600 voluntários homens que têm relações homossexuais e se expõem a situações de risco de transmissão do HIV pela via sexual -, serão acompanhados pelo Instituto de Pesquisas Clínicas Evandro Chagas (IPEC), da Fiocruz, pela Unifesp e a UFRJ. Por dois anos, eles vão tomar diariamente a pílula feita com duas substâncias que já compõe o chamado coquetel anti-Aids, usado por pacientes soropositivos. Espera-se que nesse período eles não sejam contaminados.

O médico Jorge Eurico Ribeiro, coordenador da pesquisa no IPEC, disse que as substâncias diminuem a multiplicação do vírus e que testes in vitro e outros feitos com macacos e com mulheres mostraram que elas impediriam a transmissão pela via sexual.Os voluntários receberão camisinhas. Segundo o médico, o uso do preservativo também será avaliado: após seis meses, muitos largam a proteção.lteste envolve 3 mil pessoas em 6 países Patrocinada pelo Instituto Nacional de Saúde dos E.U.A e pela Bill e Melinda Gates Foundation, a pesquisa já começou a ser feita há um ano no Peru e no Equador e há 3 meses nos EUA. Além do Brasil, teste será feito ainda na Tailândia e na África do Sul.

http://www.destakjornal.com.br/noticia.asp?ref=30412

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Cresce total de alunos pobres na universidade

18/08/2008
A presença no ensino superior de alunos com renda familiar mensal de até três salários mínimos cresceu 49% de 2004 a 2006, mostram dados tabulados pelo Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade. A fatia passou de 10,1% para 15,1%. Na população em geral, a proporção de pessoas com essa faixa de renda aumentou 8% no mesmo período. O ingresso de alunos pobres na universidade foi impulsionado pelo ProUni.
www.uol.com.br/fsp

Sandra Izbasa - Ouro no Solo


Ícones pop, Madonna e Michael Jackson viram cinqüentões

Qui, 14 Ago, 11h48
LOS ANGELES (AFP) - Madonna e Michael Jackson vão celebrar meio século de vida este mês mas, enquanto a cantora comemora a data em perfeita forma física e artística, o "rei do pop" parece ter menos razões para festejos.
Madonna Louise Ciccone nasceu em 16 de agosto de 1958 em Michigan (norte) e Michael Joseph Jackson, 13 dias depois e 450 km a leste, precisamente em Indiana.
Em meados dos anos 1980, ambos se tornaram os cantores das músicas mais populares do mundo inteiro.
Jackson com o histórico "Thriller" (mais de 50 milhões de álbuns vendidos), e Madonna graças a um primeiro disco homônimo em 1983 e, um ano depois, a "Like a Virgin", uma mistura de provocação com sexo e religião que vendeu 21 milhões de cópias.
Embora Michakl Jackson tenha conhecido a fama muito jovem ao lado de seus irmãos, tanto ele quanto Madonna se beneficiaram do canal musical MTV, que difundia todos os seus clipes incansáveis vezes, lembrou Robert Thompson, professor de comunicação audiovisual e especialista em cultura popular da universidade de Syracuse (leste).
Para ele, "Michael Jackson, como músico, dançarino e artista em cena, tinha dez vezes mais talento que Madonna. Ele é alguém que compete com Sinatra, Bing Crosby e Elvis Presley".
Mas como ele se envolveu em diversos escândalos, Madonna foi quem conseguiu permanecer no palco. "Ela se reinventou", destacou Geoff Mayfield, responsável das classificações da publicação musical profissional Billboard: "Nunca estamos livre de surpresas com Madonna", comentou.
Com seu corpo atlético, Madonna continua atuando brilhantemente. Ela superou uma série de escândalos que chegaram a envolver até o Vaticano, pelo uso de símbolos religiosos. "Filmes exibicionistas, álbuns de fotos fetiches, bissexualidade... Nada disso teve um impacto negativo em sua carreira", disse Thompson.
Depois de ter vendido mais de 200 milhões de discos, a "material girl" assinou um contrato de dez anos em 2007 que cobre todos os aspectos de sua atividades artística, calculado em 120 milhões de dólares.
"Não sei como vai ser quando tiver 60 anos, mas Mick Jagger chegou lá e continua em plena forma", comparou Jerry Del Colliano, especialista da indústria da música na Universidade do Sul da Califórnia, que vê em Madonna "uma mulher de negócios com talento, capaz de dirigir uma gravadora".
Ao contrário, Michael Jackson, que vendeu muito mais discos que Madonna, não consegue resolver seus problemas há dez anos, principalmente depois que passou pelo banco dos réus por abuso sexual de um menor.
Apesar de ter sido absolvido em 2005, sua carreira não voltou a decolar: ele vive recluso em Las Vegas, onde recentemente os paparazzi o fotografaram numa cadeira de rodas.
"Podemos dizer que Michael Jackson perdeu sua capacidade criativa e sua capacidade de ser uma estrela", afirmou Del Colliano. Segundo Thompson, "Michael Jackson é o exemplo perfeito de alguém que foi destruído pelo nível de glória que alcançou".
"Até antes dos casos na justiça, ele já tinha se perdido", acrescentou Mayfield, referindo-se ao mundo excêntrico criado por Jackson em seu rancho na Califórnia.
"Acidentalmente fez uma paródia de si mesmo, e será difícil se recuperar como um artista sério", acrescentou Thompson.
Mas ele deixou uma herança musical: em 2008, Jackson vendeu 627.000 exemplares de sua versão remasterizada de "Thriller" nos EUA.
Por sua vez, Madonna vendeu 612.000 cópias de seu último disco, "Hard Candy", que alcançou o primeiro lugar da 'hit-parade' americana.
Mãe de três filhos hoje, a celebridade pretende comemorar seus 50 anos em sua mansão, a oeste de Londres, segundo revelou o jornal Daily Mail. Já o porta-voz de Jackson, consultado pela AFP, não disse como o astro vai passar seu aniversário.

Manchetes da semana

17 de agosto de 2008

Manchetes
Segunda, 11.ago Guerra no Cáucaso faz 40 mil refugiados
Terça, 12.ago Rússia recusa trégua e amplia ataque à Geórgia
Quarta, 13.ago Rússia se diz vitoriosa e acerta acordo de paz
Quinta, 14.ago Ação da PF foi represália de diretor da Abin, diz Dantas
Sexta, 15.ago União paga ajuda bilionária a juízes
Sábado, 16.ago Governador do Rio pede Exército para garantir eleições
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/corrida/cr1708200803.htm

PÓDIO DA SEMANA

17 de agosto de 2008



OURO
MICHAEL PHELPS
Aos 23 anos, o atleta dos EUA é o maior medalhista de todos os Jogos
8 medalhas de ouro
2,03 m de envergadura
1,93 m de altura
Come 12.000 calorias por dia
O menu inclui 1kg de macarrão + 1 pizza inteira + cinco omeletes






CÉSAR CIELO
Paulista, 21 anos
Bronze nos 100 m nado livre; o ouro ficou com Phelps
Com 21s34, quebrou o recorde mundial dos 50 m livre

PRATA
NATALIA PADERINA
Em uma competição de tiros, Rússia e Geórgia disputaram o pódio. Paderina, a russa, levou prata e Nina Salukvazde, a georgiana, o bronze

DARA TORRES
Aos 41 anos, bateu competidoras que não haviam nem nascido quando ela ganhou sua primeira medalha
Prata no revezamento 4 x 100 livre
10 medalhas em 5 Olimpíadas -1984, 1988, 1992, 2000 e 2008

BRONZE
KETLEYN QUADROS
Judoca, 20 anos
1ª mulher do país a conquistar medalha em esporte individual
Bronze na categoria até 57 kg
Sua mãe costurou o primeiro quimono com saco de pano

ARA ABRAHAMANIAN
Insatisfeito com o bronze na luta greco-romana, categoria até 84 kg, o atleta da Suécia abandonou a medalha.
"O que eu queria mesmo é o ouro", disse.

AMOR EM JOGO
FORA DO PÓDIO

Laure Manaudou vs. Federica Pellegrini
Manaudou, 21, era estrela da natação até Pellegrini, 20, a bater nas piscinas e no amor. A francesa perdeu o namorado e o recorde mundial dos 400 m livre para a italiana. As duas disputaram a final olímpica da prova, mas nenhuma chegou ao pódio

João Derly vs. Pedro Dias
Bicampeão mundial, o judoca brasileiro Derly caiu diante de um adversário sem credenciais. Depois da vitória, o rival português revelou que a luta foi uma "questão de saias" ÄDerly teria saído com sua namorada. Vingado, ele ficou sem medalha.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/corrida/cr1708200802.htm

domingo, 17 de agosto de 2008

Rússia quer seu status de potência política

17 de agosto de 2008
IGOR GIELOW SECRETÁRIO DE REDAÇÃO DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O confronto em um canto do mundo desconhecido para muita gente tornou-se um dos principais marcos da geopolítica desde o 11 de Setembro.
A Rússia voltou ao centro do palco mundial com a rápida guerra contra a Geórgia, as potências ocidentais foram humilhadas e agora falam grosso para tentar reverter os danos políticos. O mundo tornou-se mais instável e a velha rivalidade da Guerra Fria tomou novos e perigosos contornos.
Tudo começou após meses de confronto político entre Moscou e Tbilisi. O presidente georgiano, Mikhail Saakashvili, aproximou-se do Ocidente mais do que o Kremlin gostaria, insinuando inclusive a entrada na Otan, a aliança militar americano-européia.
Por motivos até aqui não totalmente explicados, Saakashvili resolveu dobrar a aposta e, aceitando a provocação, atacou uma região separatista que tem o apoio de Moscou, a Ossétia do Sul. Se acreditou que o Ocidente iria mandar tropas para conter a reação russa, errou feio.
O resultado foi desastroso. Sob olhos impotentes do Ocidente, a Rússia pôs em prática uma bem planejada operação militar, que isolou as áreas separatistas da Geórgia militarmente e desarticulou as Forças Armadas de Saakashvili. A brutalidade da ação foi considerada desproporcional por quase todas as potências ocidentais, mas elas nada puderam fazer.
A Geórgia é importante corredor para acesso ao gás e petróleo do mar Cáspio, e a Europa contava com um projeto para acessá-lo e fugir da dependência da Rússia. Agora, está sem opção viável.
Os EUA, que namoraram longamente Saakashvili, endureceram o discurso e enviaram suposta ajuda humanitária, mas o estrago está feito e o regime autoritário em Moscou, mais forte do que nunca -o que não é exatamente boa notícia para o cidadão russo.
As conseqüências serão conhecidas nos próximos meses. É previsível um crescente isolamento russo, mas é possível que isto esteja nos cálculos do Kremlin também. Superpotência nuclear e energética, a Rússia agora também reclama seu status político. O mundo mudou, e mais confrontações abertas são esperadas.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/corrida/cr1708200801.htm

PORTUGUÊS Boa redação diferencia os candidatos a trainee

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Como candidatos a trainee têm currículos parecidos, o "desempate" geralmente depende de uma boa redação -uma das etapas das provas.
"Não adianta ter boas idéias e não conseguir expressá-las", diz Augusto Costa, diretor-geral da Manpower. Para ele, erro de português denota desleixo.
Ao redigir o currículo, é bom ser seletivo com os cursos e apontar só os que tiverem relação com a vaga pretendida.
Para quem vai fazer a inscrição online, Maiti Junqueira, gerente da área de jovens profissionais da Across, recomenda ter em mente o que pensa da empresa e quais são as expectativas em relação a ela."Essas perguntas sempre ficam por último, quando o candidato já está cansado, mas estão entre as mais importantes."
Cada empresa tem um processo seletivo próprio, mas em geral as etapas são preencher formulário virtual, fazer provas e passar por dinâmica de grupo e entrevistas com gestores.
Neste ano, o Unibanco mudará uma das fases de sua seleção. Para evitar desistência de candidatos de outros Estados, a dinâmica de grupo será feita em cinco cidades além de São Paulo: Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Brasília e Porto Alegre. (RGV)
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/empregos/ce1708200820.htm

Qualificados, deficientes relatam dificuldades

17 de agosto de 2008
FORA DO MERCADO
Funções aquém da formação e preconceitos são empecilhos

Escassez de oportunidades e preconceito são obstáculos relatados por pessoas com deficiência que buscam trabalho.

Mesmo no caso de profissionais qualificados, ter diploma universitário ou curso superior em andamento não reduz as dificuldades.

Falta de acessibilidade, atribuição de funções aquém das suas habilidades e desrespeito são alguns dos problemas encontrados por profissionais ouvidos pela Folha.

A biblioteconomista Helena Maranhão, 27, que teve paralisia cerebral e fala e se movimenta com dificuldade, diz ter sido isolada do público em seu último emprego, em uma biblioteca de São Paulo.

Lá, onde trabalhou por três meses, a carteira de trabalho registrava "auxiliar de serviços gerais". Mesmo desempenhando uma função mais qualificada -Maranhão fazia pesquisa para novas aquisições-, a profissional conta que teve de ficar em uma sala fechada.

"Se a empresa tivesse preparo, eu estaria no balcão, em contato com os usuários."

Moradora do Itaim Bibi (zona oeste), Maranhão tem acesso a tratamento médico e a um acompanhante para voltar para casa depois do serviço.

Mas, na empresa em que trabalhou e de que foi demitida por "não atender às expectativas", ela não tinha acesso a um teclado especial, o que agilizaria seu trabalho.

Apesar de concorrer a vagas reservadas a deficientes, a profissional recebe ligações que mostram o despreparo de recrutadores. "Perguntam se estou bêbada. Nunca pensam que é a minha voz normal", diz.

Acesso
Fernanda Bucci, 25, cursou psicologia até o segundo ano na Unip (Universidade Paulista). Moradora de Perdizes (zona oeste), fala e se locomove com dificuldade, devido à falta de oxigenação que sofreu no momento do parto.

A profissional ressalta que pode assumir muitas funções, mas, para isso, precisa de um mínimo de acessibilidade.

Ela conta já ter ido a mais de 20 entrevistas de emprego desde que saiu da empresa do pai, em 2007. Mesmo lá, sendo filha do dono, conta que o preconceito era grande. "Tinha dificuldade para que cumprissem as minhas ordens", afirma.

Outros profissionais relatam que, mesmo quando conseguem uma vaga, são alocados em funções que estão aquém da sua qualificação.

A jornalista Leandra Migotto, 31, cadeirante, diz que foi "subaproveitada" na emissora de TV em que trabalhou. "Colocaram-me no telemarketing, não me deram chance", relata.

Já o estudante maranhense Alex Pereira, 33, desistiu de procurar emprego na iniciativa privada, depois de ter sofrido gozações em um trabalho. Ele pretende terminar a faculdade de jornalismo e prestar um concurso público.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/empregos/ce1708200801.htm

Dorival Caymmi

17 de agosto de 2008
Morre no Rio, aos 94 anos, o compositor baiano que criou clássicos da música brasileira, como "O que É que a Baiana Tem?" e "Vatapá"; doente de câncer desde 1999, teve ontem insuficiência renal e falência múltipla dos órgãos
MORREU ONTEM, sábado em Copacabana, às 5h58, um dos mais importantes e singulares artistas brasileiros: Dorival Caymmi. Ele tinha 94 anos e se tratava desde 1999 de um câncer nos rins. Dormia em sua casa, na zona sul do Rio, quando sofreu insuficiência renal e falência múltipla dos órgãos. A família preparou sua canção de partida. Não o internava desde o primeiro semestre de 2007 e, para que ele pudesse morrer docemente, promoveu uma mudança neste ano: de um apartamento sem vista para o mar, também em Copacabana, para um com vista.

Caymmi viveu sete décadas no Rio. Acontece que ele era baiano. Passar os primeiros 24 anos de vida em Salvador foi suficiente para impregnar seus olhos, ouvidos e sentimentos para sempre. Criou sambas de sua terra que deixaram o Brasil -e parte do mundo- com saudade da Bahia do início do século 20."Vatapá", "Preta do Acarajé", "365 Igrejas" e "Você Já Foi à Bahia?" são alguns desses sambas, mas o que mais fez sucesso foi "O que É que a Baiana Tem?". Caymmi o ensinou a Carmen Miranda em 1939, dando como bônus as dicas sobre trejeitos e balangandãs que consagrariam a cantora em Hollywood.

Ele ainda compôs as mais belas músicas já feitas sobre o mar, criou marcantes sambas-canções como "Marina" e "Só Louco", influenciou a bossa nova e a geração de Chico Buarque e Caetano Veloso, tudo isso com uma voz e um violão impossíveis de serem copiados e sem nenhuma pressa -fez cerca de cem canções.

O corpo de Caymmi começou a ser velado ontem à tarde, na Câmara dos Vereadores do Rio, e será sepultado hoje às 16h no cemitério São João Batista.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1708200822.htm

Globalização da mão-de-obra

17 de agosto de 2008
O déficit de mão-de-obra é sinal de uma era de pleno emprego, mas também é um fator inibidor do crescimento
A globalização atingiu o mercado de trabalho: australianos contratam brasileiros, empresas brasileiras empregam australianos, sul-africanos e chineses. E tem também chinês contratando brasileiro.
Contudo o mercado, num contexto tão competitivo, mostra-se cada vez mais exigente: não é qualquer trabalhador que se torna alvo da disputa. Nesse cenário, o Brasil corre o risco de se ver obrigado a reduzir os grandes investimentos programados para os próximos anos por falta de mão-de-obra qualificada. Entre os maiores gargalos que as empresas brasileiras enfrentam, esse é o déficit que mais me preocupa.
Por um lado, o déficit de mão-de-obra é o sinal de uma era de pleno emprego, situação que, fruto do aquecimento da economia globalizada, é positiva. Por outro, contudo, é um fator inibidor do crescimento. Embora seja grande a oferta de mão-de-obra, as empresas não conseguem preencher suas vagas porque há carência de engenheiros, de geólogos, de técnicos, de pessoal de manutenção, de gerentes de projetos.
A crise é global. O Brasil ficou décadas sem grandes investimentos em infra-estrutura, sem projetos de vulto que demandassem um trabalhador especializado. Por conta dessa paralisação, durante a década de 1980 engenheiros saíam direto da faculdade para o mercado financeiro. Isso mudou, e a iniciativa privada não pode mais se omitir, sob o risco de pagar essa conta no futuro.
A Vale, por exemplo, tem um plano de investimentos para os próximos cinco anos da ordem de US$ 60 bilhões, dos quais 74% serão aplicados em obras aqui no Brasil, onde vamos contratar mais de 33 mil pessoas. A empresa já conta com cerca de 400 doutores e mestres e outros 1.000 empregados que cursaram MBAs.
Estamos investindo pesado na formação de novos quadros. Só neste ano, cerca de 3.000 pessoas estão sendo treinadas para ocupar cargos técnicos. Elas recebem incentivos financeiros para se especializarem em engenharia ferroviária, portuária e de minas. Outras empresas, como a Embraer, por exemplo, também estão investindo muito na capacitação de seus técnicos. Mas só isso não basta. É preciso que os fornecedores também se comprometam com a preparação de mão-de-obra, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, onde há grande carência de profissionais. O Brasil não pode perder mais tempo para formar quadros técnicos -e esse processo leva anos até ser completado. Países como a China e a Índia, com os quais disputamos investimentos, formam milhares de novos engenheiros todos os anos.
Para atender às novas exigências do mercado, precisamos intensificar a parceria público-privada, fortalecer a parceria com o Sistema S e com os Cefets (centros federais de educação tecnológica), alavancando o ensino técnico. Se queremos formar uma mão-de-obra qualificada, na velocidade que o mundo hoje exige, o desafio é para todos: governo e iniciativa privada têm de ter clareza da importância dos esforços conjuntos.
A hora é de atitude para darmos a nossos jovens as condições para que eles possam ingressar pela porta da frente no mercado de trabalho globalizado.
ROGER AGNELLI , 49, é economista e diretor-presidente da Vale.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi1708200809.htm

Pra quem não gosta da Johnson...


quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Aprovada a licença opcional de seis meses depois do parto

14/08/2008
O projeto que amplia de quatro para seis meses a licença-maternidade para as brasileiras foi aprovado ontem pelo plenário da Câmara. O projeto já havia passado pelo Senado e agora só precisa da sanção do presidente da República para entrar em vigor.

A adesão ao projeto é facultativa, tanto para a empresa quanto para a empregada. Para o empregador, a vantagem em conceder os dois meses adicionais de licença está na possibilidade de abater o valor dos salários relativos aos 60 dias integralmente do Imposto de Renda.

Idealizada pela Sociedade Brasileira de Pediatria e apresentada em Brasília pela senadora Patrícia Saboya (PDT-CE), a proposta surgiu de estudos que mostravam as vantagens da presença mais extensa da mãe junto ao filho logo após o nascimento.Em algumas cidades brasileiras, já existe a licença de seis meses, mas ela vale só para funcionárias públicas.
http://www.destakjornal.com.br/noticia.asp?ref=30149

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Morales vence, mas país segue dividido

12/08/2008@02:27:43 GMT-3
O resultado do referendo reforçou a divisão da Bolívia. O presidente do país, Evo Morales, recebeu 63% dos votos no referendo de domingo, mais do que os 53,7% que teve em sua eleição em 2005.
Mas a votação também confirmou com folga em seus cargos os governadores dos Departamentos de Pando, Beni, Santa Cruz e Tarija, que fazem oposição. Morales disse que o referendo “consolidou o processo de mudança”.
http://www.destakjornal.com.br/noticia.asp?ref=30042

Projeto endurece penas para acidente de trânsito com vítima

Condutor drogado, sem carteira ou que fizer racha responderá por crime intencional se causar lesão ou morte; proposta no Senado veta substituição da prisão por serviço comunitário.
Um projeto de lei do Senado Federal quer aumentar as penas para os motoristas que se envolverem em acidentes de trânsito com vítimas. A proposta será analisada amanhã pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, caso seja aprovada, segue direto para a Câmara, sem passar pelo plenário.
http://www.destakjornal.com.br/noticia.asp?ref=30023

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Guilheiro e Ketleyn colocam Brasil no pódio e fazem história


Michal Phelps cai na água para conquistar seu primeiro ouro em Pequim

sábado, 9 de agosto de 2008

Cenas da China cotidiana

09.08.08
por Daniel Piza
Na mesa chinesa nunca se pede um prato individual ou para dois. Todos os pratos pedidos são partilhados por todos. Você vai com os palitinhos até o pedaço que quer comer e traz até seu prato ou molho. Arroz sem sal é comum em toda refeição. Frango (em centenas de modos de preparo), porco, bife e peixe se alternam no cardápio. De manhã, eles gostam de comer um macarrão bem leve, como uma sopa, ou os pasteizinhos recheados cozidos no vapor, “jiaozi” (semelhantes ao “guioza” japonês) e “baozi” (em forma de bolotas). Café, de vez em quando; chá é muito mais freqüente. Cachorro, escorpião, abelha? Essas são comidas exóticas até mesmo para eles; atraem mais a curiosidade dos turistas.
***
Os chineses negociam com intensidade – ou melhor, as chinesas, que são a maioria dos vendedores. No Mercado da Seda e em feiras e lojas populares de Pequim, elas têm um leque de estratégias. Elas chamam, tentam adivinhar a origem, elogiam; têm sempre um produto ruim ao lado para mostrar como aquele que lhe oferece é bom; começam com o preço lá no alto e terminam vendendo pela metade ou menos. Mas não fazem nada disso de maneira incômoda, desagradável. São sempre gentis e sabem quando não insistir. E os preços são sempre baixos. Um belo colar de pérola com jade pode sair a 200 yuans, cerca de R$ 50.
***
Motoristas dirigem afoitamente, brecando ou desviando apenas em cima da hora. Mas raramente brigam ou se olham feio no trânsito. O táxi é bem barato, menos da metade do paulistano (uma corrida de 30 minutos sai por R$ 10 mais ou menos). Mas faltaram carros para o período da Olimpíada: turistas ficam até mais de 20 minutos nas esquinas à noite à espera de um. Imagine se todos os 500 mil tivessem vindo... O metrô é muito bom: é limpo e muito fácil de usar porque acompanha a estrutura urbana (um eixo norte-sul e cinco “anéis” de avenidas). Em Pequim há muitas grandes avenidas, em geral com oito pistas; os ciclistas ainda dispõem de mais uma, além de semáforos próprios. Bicicletas são furtadas de vez em quando, mas é barato comprar uma nova: 70 yuans (R$ 17). Na maioria, porém, são bem velhas. É comum ver idosos sendo puxados por filhos ou netos, e casais de namorados indo embora na mesma.
***
Chineses gostam de descansar na posição de cócoras. Pessoas de todas as idades e origens fazem isso nas avenidas mais modernas. As mulheres estão quase sempre com sombrinhas, e nas crianças elas colocam uma pequena toalha molhada na cabeça para refrescar. As adolescentes misturam camisetas com palavras em inglês e saias ou calças e tênis mais típicos, com toques delicados, às vezes infantis, como lacinhos coloridos. Os homens fumam bastante, e os mais velhos têm o hábito de cuspir (que vem sendo combatido pelo governo com placas). Todos sorriem quando você solta uma palavra em chinês (eles se referem ao mandarim, língua nacional, como chinês), não porque falou certo ou errado, mas porque isso os deixa contentes. Os mais velhos passam horas diante da TV; os mais jovens, na internet. A maioria dos chineses não quer saber de religião.
("Vista Chinesa")
http://blog.estadao.com.br/blog/piza/

Antes do referendo, Evo decreta medidas de exceção

sábado, 9 de agosto de 2008, 08:13
Por 60 horas reuniões e viagens ficam proibidas; carros também não poderão circular sem autorização
LA PAZ - Após a recusa de quatro governadores opositores em garantir a tranqüilidade da votação do referendo revogatório de domingo, 10, na Bolívia, o governo boliviano resolveu declarar medidas de exceção no país. Durante 60 horas, a partir deste sábado, 9, estão proibidas manifestações, reuniões partidárias e até espetáculos culturais que causem aglomeração de pessoas. Todos os cidadãos estão proibidos de viajar e os vôos locais serão suspensos. Também não poderão circular carros sem autorização no dia da consulta em que os bolivianos decidirão se o presidente do país, Evo Morales, o vice-presidente, Álvaro Garcia Linera, e oito dos nove governadores - seis deles opositores - permanecem ou não em seus cargos.

Veja também:
Equador respalda Morales e rejeita tentativa golpista na Bolívia
Bolívia vive crise antes de referendo
Igreja e Exército tentam reduzir tensão na Bolívia
Impedido de visitar 4 cidades, Evo diz que Bolívia vive ditadura
"Os grupos que não acatarem a decisão serão submetidos a sanções e, quando necessário, a polícia será acionada", disse na sexta-feira, 8, o diretor de Comunicações do governo boliviano, Gastón Nuñez.
Medidas como essa são relativamente comuns durante processos eleitorais na Bolívia. Pela lei, porém, elas devem ser decretadas pelos governos regionais e costumam ficar em vigência por menos tempo. O aumento das tensões e a recusa dos governadores de departamentos (Estados) opositores, contudo, levou o governo a adotá-las por conta própria.
Com a aproximação do referendo, os ataques entre Evo e os líderes da oposição estão mais freqüentes. Grupos críticos ao governo prometem bloquear estradas e queimar urnas para adiar a votação. Os aliados de Evo se dizem prontos para defender o referendo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
http://www.estadao.com.br/internacional/not_int220549,0.htm

Anvisa dá alerta sobre bactéria hospitalar

São Paulo, sábado, 09 de agosto de 2008
Para a agência, país vive epidemia de infecção por micobactéria; médicos sugerem adiar intervenção que não seja urgente
Desde 2003, foram registrados 2.102 casos em 14 Estados; doença afeta cicatrização de feridas e causa perda de tecidos

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) disse ontem que o país vive uma "emergência epidemiológica" causada por uma bactéria presente em equipamentos de cirurgia -chamada micobactéria. Há ao menos duas hipóteses para explicar os surtos dessas infecções: sujeira dos aparelhos e resistência da bactéria aos produtos de esterilização.

Nos últimos cinco anos, a micobactéria, uma "prima" da tuberculose, fez 2.102 vítimas em 14 Estados brasileiros, a maioria em hospitais privados. Em São Paulo, foram notificados 43 casos -os últimos em 2004. Neste ano, houve 76 novas ocorrências no Distrito Federal, em Goiás e no Rio Grande do Sul. Duas mortes estão sob investigação no Paraná.

Em razão dessas infecções, que causam perdas de tecidos, nódulos e feridas que não cicatrizam, o governo do Espírito Santo decidiu na última terça suspender as lipoaspirações.

Os infectologistas classificam a situação como "grave" e orientam que as pessoas adiem cirurgias eletivas (que podem esperar), como lipoaspiração e implantes de silicone, até que a situação esteja sob controle."

A nota da Anvisa é positiva porque alerta as pessoas que vão fazer uma cirurgia que não tenha emergência e que possa ser postergada para que aguardem um tempo até a normalização da situação", diz a infectologista do hospital Sírio Libanês Beatriz Souza Dias.

O infectologista David Uip também avalia que as pessoas devam adiar cirurgias que não tenham urgência. Ele reforça que os órgãos de vigilância precisam explicar as razões que levaram o país a registrar esse alto número de infecções que, na sua avaliação, seriam evitáveis se houvesse um mecanismo de controle eficaz. "Esse é um processo complicado, que envolve perdas e é prolongado."

Segundo a Anvisa, as infecções estão "fortemente relacionadas às falhas nos processos de limpeza, desinfecção e esterilização de produtos médicos".

Na maioria dos serviços de saúde investigados pela agência, os instrumentos cirúrgicos foram submetidos somente ao processo de desinfecção, e não à esterilização, como é preconizado na legislação para a eliminação da bactéria.

Ontem, a Anvisa sugeriu, como medida cautelar, que os hospitais deixem de usar um dos produtos mais empregados na esterilização de equipamentos, o Glutaraldeído a 2%.

Resultados preliminares de um estudo da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) mostraram que uma das cepas da bactéria -M. massiliense- envolvida nos surtos apresentou resistência ao produto mesmo após dez horas de exposição. O produto foi eficaz para combater outras duas cepas.

A orientação da Anvisa é que a esterilização seja feita com outros produtos. Para a agência, as infecções pela micobactéria são uma "doença emergente", que "não tem registro aqui e nem em outros países".

Outra medida estudada pela Anvisa é limitar o número de videocirurgias (que usam cânulas e câmeras que adentram o corpo do paciente por meio de buracos na pele) feitas por dia em hospitais e clínicas. A medida seria para garantir que haja tempo suficiente para que os equipamentos cirúrgicos sejam adequadamente esterilizados.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0908200801.htm

CONSTRUÇÃO CIVIL

São Paulo, 05 de agosto de 2008
Rápidas
A indústria da construção civil gerou 229 mil novos postos de trabalho no primeiro semestre, crescimento de 106%.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/corrida/cr0508200806.htm

Nova secretária da Receita quer maior número de alíquotas no IR

São Paulo, segunda-feira, 04 de agosto de 2008
Para substituta de Jorge Rachid, duas alíquotas apenas sobrecarregam muito aqueles que ganham menos
PRIMEIRA MULHER a assumir a Receita Federal, Lina Maria Vieira, 57, diz que será uma "leoa com os sonegadores, com os maus contribuintes". Ela disse à Folha que considera necessário ampliar o número de alíquotas do Imposto de Renda das pessoas físicas, atualmente de 15% e 27,5%. "Acho, sim, necessário aumentarmos a progressividade na tributação do Imposto de Renda das pessoas físicas."
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0908200801.htm

Metade dos trabalhadores já faz parte da classe média

FGV mostra que número de brasileiros com renda de R$ 1.064 a R$ 4.591 cresceu 17% em 6 anos. Outro estudo diz que 1% das famílias ganha mais de R$ 16,6 mil; 51% dos ricos estão em SP.

Última atualização 06/08/2008@01:24:58 GMT-3
A classe média já é mais da metade da População em Idade Ativa (PIA) nas seis principais regiões metropolitanas do Brasil. Levantamento feito pela Fundação Getulio Vargas (FGV) mostra que a chamada classe C representa hoje 51,89% da PIA, ante 44,19% em 2002; uma alta de 17,42%.
Esse estrato da população tem renda domiciliar entre R$ 1.064 a R$ 4.591 ao mês.O estudo se baseia na Pesquisa Mensal de Emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e considera só a renda do trabalho na iniciativa privada, com carteira assinada. Não são levados em conta ganhos de programas sociais do governo (como o Bolsa Família).

A principal responsável pelo crescimento é a expansão do emprego com carteira assinada. De junho de 2001 a junho de 2002 foram criadas 564 mil vagas formais no país. Nos 12 meses anteriores a junho de 2008 foram abertos 1,881 milhão de postos.

“A classe média, que esteve estagnada por 20 anos, vive um grande momento”, afirmou Marcelo Neri, coordenador da pesquisa. Entre 2002 e 2008, segundo a pesquisa, a chance de alguém ascender à classe C aumentou 14,76%.

Miseráveis
Outro bom indicador vem das famílias de classe E, denominadas miseráveis (com renda domiciliar entre zero e R$ 768 por mês). Mais de 35,78% delas deixaram esse segmento. Em 2002 elas eram 28,64% da PIA e agora representam 18,39%.

O aumento de participação da elite (classes A e B) na PIA também foi expressivo: de 12,99% para 15,52%.l

Só 1% das famílias ganha acima de R$ 16,6 mil
Apesar da melhora na renda dos brasileiros, apenas 1% das famílias tem renda superior a 40 salários mínimos, ou R$ 16,6 mil. Em 2003, esse porcentual era de 0,8%. Os números estão em um levantamento do Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas Avançadas), divulgado ontem.

O estudo também mostra que o número de pobres, com renda igual ou abaixo de meio salário mínimo, caiu de 35% para 24,1% da população, entre 2003 e 2008.

O levantamento do Ipea é baseado em dados do IBGE, foi feito nas seis maiores regiões metropolitanas do Brasil e considera a renda vinda de programas sociais (como o Bolsa Família), além da proveniente do trabalho.

O coordenador do estudo, Márcio Pochmann atribui parte da desigualdade na renda ao repasse parcial dos ganhos das empresas para o assalariado. O ganho da indústria nacional subiu 22,6% de 2001 a 2008, mas no período a folha de pagamento do setor cresceu só 10,5%.
http://www.destakjornal.com.br/noticia.asp?ref=29665

Cursos "inadequados" formam 1 em cada 4 médicos do país

Dados do Enade mostram que 2.600 alunos cursaram faculdades mal avaliadas
Os cursos tiveram notas 1 e 2 em indicador do MEC, que leva em conta uma prova, o perfil do corpo docente e a satisfação dos alunos
Levantamento divulgado ontem pelo Ministério da Educação revela que 27 cursos de medicina do país "não têm condições de funcionar", nas palavras do próprio governo.
Nessas escolas, cerca de 2.600 alunos se formam anualmente, o que representa 1 a cada 4 médicos que terminam o ensino superior na área.
Os cursos mal avaliados tiveram notas 1 e 2 em um novo indicador criado pelo MEC, o CPC (Conceito Preliminar de Curso), que vai de 1 a 5. Ele contabiliza desempenho e evolução dos alunos no Enade 2007 (antigo Provão), perfil do corpo docente (como titulação dos professores) e a satisfação dos estudantes, com base no questionário do Enade.
Nos anos anteriores, o ministério considerava apenas o desempenho e a evolução dos universitários na prova.
Em medicina, foram analisados 153 cursos. Apenas quatro obtiveram a nota 5, que significa "referência na área".
Outras 15 áreas também foram avaliadas, a maioria ligada à saúde (odontologia, veterinária, fisioterapia, nutrição, entre outros). Analisou-se ainda agronomia, zootecnia e tecnologia em agroindústria.
Do total de 3.239 cursos, 25% obtiveram notas 1 ou 2, grande parte de instituições privadas, e 21,4% ficaram entre 4 e 5 (1.211 não tiveram nota, por impossibilidades estatísticas).
A Unesp teve o maior número de notas máximas (seis cursos). Por outro lado, a Universidade Estadual Paulista também teve curso mal avaliado (educação física em Rio Claro, com conceito 2). USP e Unicamp não participam do Enade, por não concordar com a metodologia adotada.
Maior universidade do país, a Unip teve o maior número de "sem condições": 26 cursos com nota 2. A Uniban, também entre as maiores instituições do país, chegou a ter nota 1.
O próximo passo será enviar uma comissão de especialistas às instituições que tiraram notas 1 e 2.
O Inep, órgão do MEC responsável pela avaliação, pretende começar as visitas em um mês. Elas vão verificar se as condições das escolas diferem da mostrada pelos indicadores.

Crítica
"As escolas que tiraram conceito 1 deviam ser fechadas.Não reúnem a menor condição para o ensino da medicina", diz Antonio Carlos Lopes, professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica e ex-presidente da Comissão Nacional de Residência Médica do MEC.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0708200812.htm

61,5% das mulheres que denunciam sofrem agressão diariamente

Última atualização 08/08/2008@05:07:18 GMT-3
Dados da Central de Atendimento à Mulher (Disque 180) colhidos no primeiro semestre deste ano mostram que 61,5% das mulheres vítimas de violência doméstica sofrem agressões diárias. Na comparação com o primeiro semestre de 2007, o número de atendimentos feito pelo Disque 180 cresceu 107,9%, passando de 58.417 para 121.891. Desse total, 9.542 foram denúncias formais de violência e, destas, 5.879 tratavam de agressões físicas.
Pedidos de informação sobre a Lei Maria da Penha, que pune a violência doméstica contra a mulher, responderam por 49.025 atendimentos, crescimento de 346% em relação a 2007. Pesquisa do Ibope mostra que 68% têm conhecimento da lei. Ontem, no dia em que a legislação completou dois anos, a farmacêutica Maria da Penha foi homenageada no Palácio do Planalto.
http://www.destakjornal.com.br/noticia.asp?ref=29839

Algemas violam dignidade e só serão usadas em caso excepcional, decide o STF

Última atualização 08/08/2008@04:59:27 GMT-3
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram ontem, por unanimidade, editar uma súmula vinculante (ou seja, que baliza as decisões de juízes de instâncias inferiores) determinando que o uso de algemas deve ser uma exceção em prisões e julgamentos, e não regra.
Para os ministros, só se deve algemar quem ameaça fugir ou coloca em risco a própria segurança ou a de outros. A decisão será informada ao ministro da Justiça, Tarso Genro, e aos secretários estaduais de segurança.
O presidente do STF, Gilmar Mendes, afirmou que a decisão não foi tomada por conta de eventuais abusos da Polícia Federal na Operação Satiagraha. Contudo, ao comentar o resultado, disse que “está havendo uma exposição excessiva, degradante, afrontosa à dignidade da pessoa”, referência ao amplo uso de algemas em ações da polícia.
A determinação foi estabelecida no julgamento de recurso movido por um preso paulista que foi julgado algemado no tribunal de júri. Para a Corte, o fato de ele estar com algemas pode ter influenciado negativamente na decisão dos jurados.
http://www.destakjornal.com.br/noticia.asp?ref=29830

CDHU abre espaço a solteiros e gays

Sábado, 09 de Agosto de 2008 Versão Impressa

A aposentada Maria Carmelita, de 70 anos, criou o neto Danilo, de 22, assim como fez Elaine, de 45, com a sobrinha Lilian, de 19. A faxineira Maria, de 49, é divorciada e sozinha - os dois filhos ficaram com o pai. Já a manicure Rose divide o mesmo teto há 1 ano com a pintora Rosana e, com sua ajuda, cria a filha de 7 anos. Os professores Reginaldo e José também vivem uma união estável, sem herdeiros. Já Valdelice, de 59 anos, nunca se casou. Mesma opção de Antonio, solteirão convicto, de 33. O que essas pessoas têm em comum? Elas compõem o novo perfil de família brasileira, agora também aos olhos da política habitacional em São Paulo.

A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) reviu o conceito de família e, agora, passa a conceder financiamento para casais homossexuais, solitários com mais de 25 anos, famílias mononucleares (pais ou mães solteiros) e anaparentais, como avós e netos, tios e sobrinhos, irmãos ou primos, além de uniões baseadas não no parentesco, mas na ligação afetiva. Até então, a CDHU só aceitava como beneficiários de seus programa homens e mulheres casados ou registrados em união estável.

"A atualização do conceito de família passa, sobretudo, pelo princípio da igualdade e tem base na Constituição. Não dá mais para entender a família como fruto do casamento entre homens e mulheres. A companhia já entendia isso, mas ainda tinha a família tradicional como prioridade", diz Rosália Bardaro, diretora de Assuntos Jurídicos e Regularização Fundiária da CDHU.

Idosos sozinhos já eram contemplados porque o Estatuto do Idoso prevê cota de 3% das unidades habitacionais para pessoas acima de 60 anos - a CDHU pratica 5%. O mesmo para deficientes físicos.

"Essa é a realidade da família brasileira. E, pelo princípio da igualdade, o poder público não pode discriminar nenhum cidadão", diz Claudia Maria Baré, promotora de Habitação e Urbanismo.
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080809/not_imp220289,0.php